O escritor Alves Redol tinha e ainda tem alguns familiares residentes em Tomar, alguns dos quais estiveram ligados ao centenário Café Paraíso. “Os meus dois avós, quer o pai do meu pai ,António Redol da Cruz, quer o meu avô materno, Manuel Mota, eram aqui da zona. Ainda hoje estão em Tomar os Redol e os Mota, do Café Paraíso, que todos conhecem”. A revelação foi feita por António Mota Redol, filho do escritor de Vila Franca de Xira, durante a apresentação da obra “Alves Redol - Fotobiografia e Fragmentos autobiográficos”, que decorreu na Municipal de Tomar. António Redol revelou ainda que “era sempre uma grande festa” quando a Banda da Sociedade Filarmónica Gualdim Pais se dirigia a Vila Franca para tocar e a Banda Vilafranquense vinha a Tomar. “Num destes intercâmbios culturais, o meu avô Mota, que era uma pessoa muito forte e que comia muito, teve uma congestão e acabou por falecer”, partilhou com o pouco público presente. O prefácio é de José Veiga Maltez, antigo presidente da Câmara da Golegã, dado que as raízes da família Redol estão nesse concelho. A apresentação da obra, com 11 capítulos, esteve a cargo da professora Regina Rocha - que revelou ser contra o novo acordo ortográfico - tendo terminado com a exibição de um filme sobre o autor.