Clubes de Santarém voltam a receber apoios
“Uma esmola” foi como o vereador António Carmo (PS) classificou o valor dos apoios financeiros dados pela Câmara de Santarém ao associativismo desportivo do concelho, referentes à época 2014/2015, que já não eram atribuídos há três anos. Em causa está uma verba de 125 mil euros a distribuir por 31 clubes de diversas modalidades desportivas.A atribuição de apoios, ao abrigo do Programa de Apoio e Financiamento do Associativismo Desportivo (PAFAD), teve em conta dois critérios: apoiar apenas os escalões de formação (até aos 18 anos); apoiar os clubes com instalações de sua propriedade, nomeadamente grandes campos, valorando o respectivo critério de ponderação. Feitas as contas, a autarquia vai conceder um apoio de 63,55 euros por cada um dos 1.967 atletas federados de 31 clubes do concelho.A proposta foi aprovada por unanimidade na última reunião do executivo mas a discussão esteve longe de ser pacífica. O vereador socialista António Carmo criticou o facto de a autarquia ter estado vários anos sem conceder apoios financeiros aos clubes e considerou escassa a verba a atribuir, “o correspondente a 0,33% do orçamento aprovado pela Câmara de Santarém” para 2015. O vereador Francisco Madeira Lopes (CDU) não concordou com o termo “esmola” para definir o montante dos apoios, preferindo classificá-lo como “um pagamento não justo” pela missão de interesse público que os clubes assumem na formação de jovens. Considerou positivo o estabelecimento de critérios claros mas também sublinhou que os anos sem apoios aos clubes “são uma mancha negra da gestão PSD”. O presidente da câmara, Ricardo Gonçalves (PSD), aludiu às dificuldades financeiras do município para justificar a não atribuição de apoios financeiros em anos anteriores, referindo que a autarquia começa finalmente a libertar verbas para este tipo de medidas e que espera aumentar a fatia no próximo ano.A título de curiosidade, refira-se que os clubes que recebem mais são o Amiense (14.171 euros), a Académica de Santarém (12.309 euros), o Moçarriense (11.383 euros) e o Pernes (10.386 euros), os únicos que embolsam mais de 10 mil euros.
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