Ana Teixeira, 36 anos, define-se aventureira e eternamente apaixonada pela língua e cultura inglesas. Depois de viver seis anos em Inglaterra, regressou a Portugal mas nem por isso o Inglês deixou de fazer parte do seu dia-a-dia: é directora administrativa da escola de línguas Línguacultura de Santarém, há quase onze anos, e sente-se muito realizada profissionalmente.“Adoro o que faço porque consigo continuar ligada à cultura inglesa e lidar com crianças, o que adoro também”, refere. Do atendimento ao público à selecção dos professores, passando pela emissão de pautas de notas, elaboração do calendário dos testes, gestão orçamental, controlo e venda de livros aos alunos e formação interna do pessoal administrativo, Ana faz um pouco de tudo no seu horário de trabalho, entre as 10h30 e as 19h30 de segunda a sexta-feira.Por iniciativa própria, começou a trabalhar no campo aos 16 anos para conseguir juntar algum dinheiro. Dos campos agrícolas saltou para um escritório do Instituto Politécnico de Santarém, onde tirava fotocópias em part-time enquanto terminava o ensino secundário na área de Desporto. “Nunca gostei de estar parada e arranjava sempre alguma coisa para fazer. O meu objectivo era criar a minha própria independência”, recorda.Preferia trabalhar a estudar, mas nem por isso deixou de concluir o ensino secundário na área de Desporto. “Fui jogadora de basquetebol profissional na Associação Académica de Santarém e na União Desportiva de Santarém e esta era a área mais indicada para mim”, explica. Depois de juntar algum dinheiro, decidiu ir viver para o Algarve assim que fez 18 anos. Trabalhou em bares, discotecas e restaurantes. “Acho que foi aí que ganhei um carinho especial pelos ingleses. Eles têm uma filosofia de vida que eu adoro e com a qual eu me identifico muito”, explica.Aos 20 anos, Ana Teixeira decidiu arriscar e entrou num avião com destino a Inglaterra. Nesta aventura, levou o namorado, que é ainda hoje o seu companheiro. Durante o dia trabalhava numa loja de decoração, à noite frequentava um curso de Inglês e acabou também por tirar um curso de unhas de gel. Após dar formação a funcionários dos vários pólos que a empresa de decoração ia abrindo pelo país, Ana acabou por ser promovida a gerente da loja de Southampthon, cidade de onde partiu o navio Titanic. Regressou a Portugal aos 26 anos, onde sabia que poderia ter mais apoio por parte da família para acompanhar o crescimento do seu filho, Diogo. “A experiência mais gratificante que tive na vida foi viver estes seis anos em Inglaterra e custou-me muito sair do país”, confessa. Pouco tempo depois de chegar a Portugal, Ana foi convidada a integrar a direcção administrativa da Linguacultura de Santarém. Passados dez anos, não se imagina a ter outro trabalho e reconhece que o instituto tem um papel fundamental numa altura em que o Inglês faz parte do dia-a-dia dos cidadãos. “Para um simples trabalho é hoje exigido o Inglês e é fundamental aprender esta língua e o mais cedo possível”, refere.Às sextas-feiras de manhã participa nas reuniões do BNI Performance um grupo de empresários que se entreajudam através da partilha de conhecimentos e contactos com vista ao sucesso das suas empresas. Actualmente frequenta também algumas formações na área das medicinas alternativas para poder representar uma marca de óleos essenciais de aromoterapia, que a ajudou a reduzir uma hérnia discal grave que lhe foi diagnosticada. Os tempos livres são incondicionalmente dedicados à família. Adora viajar, ir ao cinema e fazer desporto e diz ser a “fã número um da praia”. Gosta de deixar o que é do trabalho, no trabalho, mas confessa que todos os dias antes de adormecer faz uma prospecção de como vai ser o seu dia seguinte.