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Jovens músicos da região aprendem com maestro espanhol

Estágio para instrumentistas decorreu durante uma semana no Teatro Virgínia, em Torres Novas, dinamizada pelo Conservatório de Música do Choral Phydellius.

O Teatro Virgínia em Torres Novas acolheu, de 7 a 12 de Setembro, a décima edição do Estágio para Jovens Instrumentistas Torrejanos (EJIT). A ideia projectada e dinamizada pelo Conservatório de Música do Choral Phydellius reuniu 65 jovens músicos, de um conjunto de conservatórios e bandas filarmónicas do Médio Tejo, em torno de um programa de estágio intensivo com um reconhecido maestro, 12 formadores e um repertório a realizar no concerto final. Nesta edição os autores escolhidos foram Percy Grainger, Alfred Reed e Hans Chistian Andersen/Soren Hildgard.O convidado para dirigir a orquestra foi o maestro espanhol Rafael Agulló Albors, director artístico da Banda Municipal de Música de Silleda, Pontevedra, da região da Galiza. Entre 7 e 12 de Setembro os jovens ensaiaram durante mais de 45 horas para estarem afinados para o concerto final que se realizou na noite de sábado, 12 de Setembro, no Teatro Virgínia.Uma das jovens que participou no estágio foi Adriana Martins, 13 anos, de Constância. Começou a tocar na Banda Filarmónica Montalvense 24 de Janeiro aos oito anos porque tinha uma professora que sempre achou que “tinha queda para a música”. Experimentou e gostou. O instrumento escolhido foi o clarinete. Já tinha participado no estágio em anos anteriores e este ano quis voltar pelos conhecimentos que adquire. “Aqui temos um maestro com bastante experiência que está sempre ao nosso lado”, diz. Vitálio Duyluik, 11 anos, de Torres Novas, não sabe há quanto tempo estuda música mas “deve ser desde bebé” porque desde que se lembra a música sempre fez parte da sua vida. O pai é músico e repara instrumentos. Vitályo não pertence a nenhuma banda filarmónica, estuda no Conservatório Gualdim Pais em Tomar. No futuro diz que quer “estar ligado à música” mas não quer fazer parte de uma orquestra. O sonho é “ter uma banda de rock”. Em casa tem uma pequena bateria que toca regularmente. Já é a terceira vez que participa neste estágio do Choral Phydellius, está a “adorar a experiência”. Pedro Aguiar, 12 anos, de Ribeira Ruiva, concelho de Torres Novas, ainda não decidiu se no futuro quer ser músico profissional. Primeiro quer acabar o estágio e “depois logo se vê”. Esta é a primeira vez que participa no EJIT. “É tudo muito mais rigoroso mas onde se aprende muito mais. Não é nada fácil trabalhar com este maestro”, diz. O instrumento escolhido aos sete anos, quando começou a tocar na Sociedade Filarmónica Lealdade União Ribeirense, foi o trompete. O melhor que a música lhe deu até agora foi a concentração.Maestro diz que há ali “muito talento”Concentração e atenção são exigências obrigatórias para quem trabalha com Rafael Agulló Albors, que está pela primeira vez na região. O maestro espanhol considera que “há muito talento” mas sobretudo ambição nestes jovens músicos que diz estarem no caminho certo em termos de aprendizagem. “Nestas idades eles têm uma ilusão enorme, muita energia, motivação e uma grande vontade de trabalhar em conjunto. Talento não falta e se continuarem neste caminho certamente irão chegar longe e, quem sabe, serem instrumentistas numa grande orquestra”, afirma. Quem também participa no espectáculo é Maria Amélia Henriques, professora reformada, que é grande admiradora do Choral Phydellius e que faz parte do Teatro da Meia Via. Foi convidada para narrar textos de Soren Hildgard que foram escritos em homenagem a Hans Chistian Andersen. A ex-professora diz que “o homem não pode viver sem arte e esta é uma experiência extraordinária”. Na escola sempre organizou actividades relacionadas com o teatro, música e dança e via como isso ajudava os seus alunos, tanto na concentração como na auto-estima e também na aprendizagem.

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