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Inexpugnável Manuel Serra d’Aire

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) está abespinhada porque os três grandes do futebol português vão jogar no domingo, 4 de Outubro, dia em que se realizam as próximas eleições legislativas. Temem os doutos membros da CNE que o jogo da bola roube freguesia às urnas de voto e, na minha óptica, têm toda a razão. Qualquer coisa é mais estimulante para passar um dia de domingo do que ir escolher os carrascos que nos irão ao bolso nos próximos 4 anos. Só não entendo é por que razão a CNE, no seu afã de arregimentar eleitores, não contesta outras manifestações e eventos que se realizam aos domingos, começando logo pelas missas, eventos que, embora já tenham sido mais frequentados, continuam a cativar muita gente em busca da salvação da alma. No dia das eleições não devia haver futebol nem missas, e muito menos cinemas, lupanares, centros comerciais e cafés abertos que possam desviar dos bons caminhos rumo às cabines de voto os cidadãos portugueses com mais de 18 anos devidamente recenseados. Espero que a CNE, esse farol da nossa democracia, tenha em conta estas minhas recomendações e actue a preceito.Também acho estranho que até à data ainda não tenha chegado à minha caixa do correio qualquer propaganda dos partidos concorrentes às eleições. Para a minha escolha essa informação é fundamental, designadamente a composição das listas de cada partido com as fotografias de todas as candidatas. Só após essa avaliação fisionómica, mesmo que feita à distância e subordinada apenas a uma fotografia tipo passe, é que o meu sentido de voto se define.Aliás, só tenho pena que os partidos não sejam mais ousados nesse capítulo. As candidatas de cada lista deviam surgir nos panfletos de corpo inteiro, com fotos actualizadas em vestido de noite e em fato de banho, como as misses nos concursos, para que tivéssemos a devida noção de a quem íamos entregar o nosso voto. E falo só de candidatas porque, para mim, os políticos são todos iguais e por isso não vale a pena perder tempo com eles. Por eles não me dava ao trabalho de sair de casa. Já elas, meu caro, não são todas iguais e algumas até me levavam ao altar. Entre um Parlamento composto de velhas carcaças ou um Parlamento com mulheraças como a Joana Amaral Dias, a ministra Assunção Cristas ou a Marisa Matias vai uma diferença enorme, pelo menos para a vista...O caso da semana passou-se em Tomar e é de uma gravidade extrema. A PSP identificou três homens que andavam a vender publicações do emblemático “Borda d’Água” que terão sido produzidas ilegalmente. Ou seja, estamos a falar de “Bordas d’Água” falsificados, contrafeitos à semelhança do que já há acontece há muito com as calças de ganga, óculos, relógios, filmes e outras bugigangas e quinquilharias.Acontece que o “Borda d’Água” é uma espécie de bíblia para os agricultores, que o seguem à risca, e a sua adulteração pode ter consequências desastrosas para a nossa lavoura. Imagina que os meliantes trocaram as datas das sementeiras e das colheitas? Imagina o que é começarem a semear tomates ou rabanetes em Outubro ou alhos no Verão? Num instante arrasávamos a nossa produção agrícola. Era como se, de repente, alguém se lembrasse de aldrabar a Bíblia, subvertendo a doutrina cristã e incentivando, por exemplo, os cristãos ao adultério, à idolatria, à gula e outras actividades viciosas que eles obviamente não praticam.E com esta me vou. Um abraço do Serafim das Neves

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