Misericórdias de Almeirim e Pernes entre as seis primeiras apoiadas pelo Fundo Rainha D. Leonor
Instituições vão contar com apoio financeiro para novas respostas sociais
O antigo hospital de Almeirim foi o local escolhido para a assinatura dos seis primeiros contratos de financiamento a outras tantas Misericórdias do país que se candidataram ao Fundo Rainha Dona Leonor (FRDL). A cerimónia decorreu na tarde de 14 de Setembro. Almeirim, Pernes, Penela, Barreiro, Ponte de Sôr e Cabeço de Vide foram as instituições contempladas com a concessão de mais de um milhão de euros.O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), Pedro Santana Lopes, e o presidente da União das Misericórdias, Manuel de Lemos, formalizaram a assinatura dos contratos que garantem para já a cada uma das misericórdias 30% do financiamento para os projectos apresentados, sendo o restante valor pago ao longo das etapas de cada obra.A Santa Casa da Misericórdia de Almeirim será comparticipada pelo Fundo Rainha D. Leonor em 221.083,83 euros no projecto de conversão do antigo hospital da cidade em creche e jardim-de-infância, com capacidade para 249 utentes, especificamente 99 bebés e 150 crianças.Em Pernes, concelho de Santarém, o projecto ERPI - unidade para pessoas com demência será financiado com 91.260,03 euros. O projecto visa a criação de uma unidade específica para adultos com demência em fase aguda, que será instalada junto à Unidade de Saúde Familiar do Alviela com capacidade para acolher dez utentes. “Esta obra é pequena mas ajuda muito”, referiu o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Pernes, Manuel Maia Frazão, salientando o facto de esta ser a primeira unidade especializada em demências no concelho de Santarém.Apesar de considerar que o FRDL é “importante e inovador”, Pedro Santana Lopes salientou a “obrigação” de se “ir mais além nos apoios sociais”. O presidente da Misericórdia de Lisboa realçou que este fundo nasceu para a fase final dos projectos, de forma a evitar situações que têm ocorrido no país, de equipamentos praticamente concluídos e à espera de serem inaugurados por faltar “a última pedra”.O presidente da União das Misericórdias, Manuel Lemos, frisou o facto de o fundo ter sido criado para acabar com a ideia de que o dinheiro proveniente do jogo “era só para gastar em Lisboa” lembrando que “à frente da economia estão as pessoas”.O Fundo Rainha D. Leonor serve para apoiar as Misericórdias a desenvolver respostas sociais prioritárias. Foi criado em Abril de 2014, numa parceria entre a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e a União das Misericórdias Portuguesas.
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