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Museu do Neo-Realismo assinala aniversário com exposição sobre Garcez da Silva

Museu do Neo-Realismo assinala aniversário com exposição sobre Garcez da Silva

Investigador foi uma figura importante e um dos mentores do que viria a ser esse museu de Vila Franca de Xira
Conhecer a vivência silenciosa e discreta de um homem de olhar agudo, forte atenção e ampla cultura que o tornaram num investigador inovador para o seu tempo. Esta é a proposta do Museu do Neo-Realismo (MNR) em Vila Franca de Xira, que inaugurou no sábado, 10 de Outubro, a exposição “Percursos”, uma evocação do centenário do nascimento de Garcez da Silva.Pintor, escritor e crítico de arte, Garcez destacou-se sobretudo por ter sido um dos primeiros a constituir um objecto histórico cultural, o chamado “grupo neorealista de Vila Franca”, investigando as centralidades regionais, corrigindo informações repetidamente erradas, investigando a imprensa regional e publicando uma importante iconografia e um livro - Alves Redol e o Grupo neorealista de Vila Franca (1990) - que é uma obra fundamental sobre o tema. Nascido em Alenquer mas rapidamente apaixonado por Vila Franca de Xira, Garcez foi também um dos rostos que lutou pela criação de um museu na cidade dedicado a este género literário. Veio a morrer em 2006, um ano antes da sua inauguração, não tendo visto o seu sonho concretizado. O MNR é, actualmente, detentor do seu vasto espólio, doado pela filha, Maria, e pelo neto, Valter. Algumas das peças apresentadas na exposição são inéditos nunca vistos pelo público.“Garcez da Silva ampliou significativamente o nosso conhecimento do neorealismo e não é só o MNR que lhe deve muito. Os estudiosos do neorealismo devem-lhe investigação pioneira, trabalho sólido e hipóteses fecundas”, considera António Pedro Pita, director científico do museu, na brochura que acompanha a exposição.Na cerimónia de inauguração, Pita disse sentir que estava a ter “a sensação” de “fazer o que deve ser feito”.A comemorar os oito anos de actividade, o MNR prepara-se também para assinalar outro centenário, o de Manuel Guimarães, com a inauguração de uma exposição agendada para 17 de Outubro. “Há um conjunto de figuras obrigatórias que vão passar por aqui. Outro momento importante do MNR será a reabertura da livraria, onde serão disponibilizados livros de edições de poucos exemplares ou que rapidamente fogem das livrarias devido à voracidade do mercado”, explicou Fernando Paulo Ferreira, vereador com o pelouro da cultura do município de Vila Franca de Xira. As obras do edifício, recorde-se, arrancaram em 2006, com um orçamento de três milhões de euros, financiados pelo Ministério da Cultura, Fundo de Desenvolvimento Regional (FEDER) e pela câmara de Vila Franca de Xira. Volvidos oito anos o museu assume-se como uma marca de âmbito nacional e que tem consolidado a sua posição no panorama cultural.
Museu do Neo-Realismo assinala aniversário com exposição sobre Garcez da Silva

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