Câmara do Cartaxo reduz dívida em 1,34 milhões de euros no primeiro semestre deste ano
Município apresentou relatório da situação económico-financeira do primeiro semestre
A dívida da Câmara Municipal do Cartaxo diminuiu 1,34 milhões de euros no primeiro semestre de 2015 comparando com os valores de 31 de Dezembro de 2014, cujo valor se situava nos 46 milhões de euros. Depois de apresentar o relatório da situação económico-financeira do primeiro semestre deste ano do município, o presidente, Pedro Magalhães Ribeiro (PS), sublinha a melhoria da saúde financeira de um dos municípios mais endividados do país. Pedro Ribeiro refere que esta diminuição da dívida começou no final de 2014 com a redução em 790 mil euros pela primeira vez desde 2007, quando de 2008 a 2013 tinha crescido mais de 19 milhões de euros.O relatório mostra que a dívida a fornecedores diminuiu 319 mil euros; a dívida ao Estado e entidades públicas reduziu 135 mil euros e a outros credores diminuiu 580 mil euros. Também a dívida à Caixa Geral de Aposentações, que era de 1,4 milhões de euros em Outubro de 2013 (quando o actual executivo assumiu funções), baixou para 451 mil euros. “A dívida à Segurança Social - 195 mil euros - foi totalmente saldada em Setembro deste ano, o que permitiu regularizar a situação de 11 dos 23 trabalhadores que esperavam por esta regularização para verem reconhecido o direito à reforma”, explica a autarquia em comunicado de imprensa.O prazo médio de pagamentos reduziu, em Junho deste ano, para 230 dias, ou seja, menos 158 dias do que em Setembro de 2013. A Câmara do Cartaxo espera concluir o terceiro trimestre deste ano com um prazo de pagamento de 192 dias. Pedro Ribeiro destacou o facto de o relatório “merecer” apenas duas reservas do Revisor Oficial de Contas (ROC) - em 2014 foram feitas oito reservas. Uma dessas reservas refere-se à concessão de saneamento e abastecimento de água à Cartágua. O resultado líquido negativo de 335 mil euros se deve à incorporação da empresa municipal RUMO 2020, sem a qual seria de 55 mil euros positivos.“Esta é uma enorme recuperação em relação aos 705 mil euros negativos do período homólogo de 2014”, afirmou Pedro Ribeiro acrescentando que a dívida da RUMO 2020 (1,592 milhões de euros) contribuiu para o aumento do passivo exigível ao município, integrando também o empréstimo do Apoio Transitório de Urgência (ATU) do Fundo de Apoio Municipal (FAM) que totaliza 4,817 milhões de euros. “Os resultados apresentados permitem dotar o município da robustez financeira necessária à credibilização junto das entidades externas, sejam fornecedores de serviços, sejam entidades inspectivas ou parceiros financeiros. No entanto, ainda temos um caminho a fazer para garantir a sustentabilidade das contas municipais”, disse o autarca.
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