O problema dos animais abandonados não é de fácil resolução como todos sabemos. As pessoas que colocam comida nas ruas para os alimentar fazem-no com boas intenções mas estão, indirectamente, a causar outros problemas. Claro que não lhes posso exigir que os levem ao veterinário ou que os adoptem. Pessoalmente defendo que os animais vadios sejam recolhidos e que, no caso de não serem reclamados nem adoptados acabem por ser abatidos e cremados se se tornar impraticável, por falta de espaço, a sua manutenção em cativeiro. Acho que é isso que está nas leis e regulamentos. Ao contrário de muitas pessoas não equiparo animais a pessoas e quando vejo milhares de pessoas com crianças, a fugirem de guerras não as coloco no mesmo nível de uma matilha de cães abandonados. Não desejo a morte de animais de companhia mas numa escala coloco primeiro os seres humanos. Esta é a minha opinião e tenho o direito a não ser condenada por ela uma vez que tudo faço para respeitar as opiniões diferentes. Não sou vegetariana e sei que quando como carne um animal foi abatido para isso ser possível e o mesmo quando como peixe. Já agora, confesso que não era capaz de abater um animal, nem sequer para comer.OlgaVenho desta forma chamar à atenção para o último parágrafo do artigo. A recolha de animais para canis/gatis de abate é altamente condenável. Todos os anos cerca de uma centena de milhar de animais, a maioria saudáveis, é abatida em canis municipais. A correcção deste problema não passa pela morte dos animais, passa sim pela consciencialização das pessoas em como abandonar e maltratar é crime. Para corrigir este problema há que sensibilizar as autarquias para a implementação de planos CED (Captura, Esterilização, Devolução) que visam reduzir drasticamente a população de animais silvestres sem recorrer à morte. Relembro que muitos destes animais provavelmente nasceram de animais abandonados nas férias (crime). Apelo a que artigos relacionados com esta temática, num jornal como O MIRANTE com tantos leitores ribatejanos e não só (!), sejam tratados com uma vertente mais humana e evoluída, em vez do retrógrado apelo ao abate. Vânia Neves