Atenta a carta do leitor Carlos Mendes Costa sobre o revisor que deixou na estação de Riachos um passageiro que viajava sem bilhete, apesar de este se ter disponibilizado para pagar o bilhete, concordo que foi um acto desumano. Se o revisor não sabia em que estação o passageiro tinha embarcado podia, pelo menos, ter-lhe emitido um bilhete a partir da estação onde o passageiro estava até ao seu destino. É verdade que há muita gente que tenta viajar sem pagar. É verdade que há muita gente que mente mas partir sempre do princípio que todos os passageiros são mentirosos e vigaristas não me parece ser solução. Já me aconteceu chegar à estação com o comboio prestes a partir e eu precisar desesperadamente viajar àquela hora. Felizmente falei com o revisor antes de o comboio partir, expliquei-lhe o problema e ele aceitou emitir o bilhete no comboio o que foi de extrema importância para mim. Se fosse com o revisor mencionado na carta, tinha ficado em terra e teria falhado uma consulta em Lisboa cuja marcação tinha demorado quatro meses.Joaquim Bernardo Giestas