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Museu de Arqueologia e Arte de Abrantes só avança se houver fundos comunitários

Município lança concurso público para empreitada orçada em 4 milhões de euros
A Câmara de Abrantes assinalou na segunda-feira o lançamento do concurso referente à empreitada de construção do Museu Ibérico de Arqueologia e Arte (MIAA), um investimento de quatro milhões de euros há muito falado e classificado como “estruturante” no processo de regeneração urbana da cidade. A execução da empreitada, que tem uma duração contratualizada de 30 meses, está condicionado à obtenção de fundos comunitários. A presidente da Câmara de Abrantes disse à agência Lusa que esta obra, que deve estar concluída em finais de 2018, é “fundamental para a revitalização do centro histórico”, no âmbito de um projecto mais vasto de regeneração urbana da cidade e que assenta na requalificação e musealização do convento de São Domingos, ali situado.Segundo observou Maria do Céu Albuquerque, com o lançamento do concurso público, que tem a duração de seis meses, a autarquia “não quer perder mais tempo e quer criar as condições para avançar de imediato com a obra assim que sejam libertadas as verbas”, relativas aos fundos comunitários.O MIAA vai ocupar todos os espaços actualmente disponíveis do convento de S. Domingos para exposições permanentes e temporárias (que serão as predominantes), para albergar parte da colecção de arqueologia e arte municipal (o espólio de pintura contemporânea da pintora Maria Lucília Moita e a colecção arqueológica Estrada, propriedade da Fundação Ernesto Lourenço Estrada, Filhos), e para instalar os serviços indispensáveis ao funcionamento do Museu e Centro de Investigação associado, da recepção ao serviço educativo, uma área de armazém e diversas áreas técnicas.A obra a realizar será efectuada no centenário convento de S. Domingos e desenvolver-se-á em dois pisos, sendo intervencionada uma área bruta de construção correspondente a 3.280 m2. No edifício que prolonga a ala norte do convento, e que se desenvolve num piso, será intervencionada uma área bruta de construção correspondente a 256 m2.Projecto megalómano fica na gavetaDe parte parece estar definitivamente colocado o ambicioso projecto inicial, ainda do tempo do anterior presidente da câmara, Nelson de Carvalho (PS), que comportava um investimento estimado de 13 milhões de euros. O projecto original de criação do museu, desenhado pelo arquitecto Carrilho da Graça, implicava a construção de uma torre de 27 metros que suscitou polémica e críticas na cidade devido à sua dimensão e custo. O projecto foi, entretanto, redimensionado.Desde 2008, e até este momento, a autarquia já investiu cerca de 1,5 milhões de euros nos estudos, elaboração e concepção do projecto, a par de processos de investigação, promoção e divulgação das diversas colecções do acervo. O futuro museu irá incluir colecções de numismática, arquitectura romana, medieval e moderna, relógios de várias épocas e uma exposição de arqueologia e história local, para além de ourivesaria ibérica com artigos recolhidos no que foi o antigo território da Lusitânia.

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