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Dá cartas no mundo da publicidade há quase 30 anos

Dá cartas no mundo da publicidade há quase 30 anos

Vítor Galão começou a trabalhar como desenhador de máquinas no ramo da metalomecânica

Empresário de Almeirim faz um balanço positivo da actividade empresarial no ramo da publicidade. Diz que o negócio foi muito positivo até há cerca de oito anos, quando rebentou a crise financeira.

Vítor Galão dá cartas no mundo da publicidade há quase 30 anos mas os seus primeiros passos profissionais começaram como desenhador de máquinas, no ramo da metalomecânica. No entanto, o seu primeiro emprego foi durante umas férias de Verão, por volta dos 18 anos, na campanha da fábrica Compal, na sua terra natal, em Almeirim. Depois disso, concluiu os estudos e começou a trabalhar numa empresa em Rio Maior, como desenhador de máquinas. Esteve lá 13 anos e ainda durante esse tempo concorreu “meio a brincar” ao concurso público para fazer a publicidade dos carros dos Correios em toda a zona centro, quando a empresa mudou de frota.“Tínhamos que apresentar valores de quanto custaria aquele projecto e uma prova de como iria ficar a pintura. Na altura toda a gente fazia a pintura a pincel e eu, como já trabalhava nesta área de desenho de máquinas, fiz uma máscara para poder pintar à pistola. Como era diferente acabei por ganhar o concurso. O projecto correu muito bem e nessa altura comecei a pensar em virar-me para a área da publicidade”, conta a O MIRANTE. Apesar da vontade de mudar, manteve-se na empresa durante mais algum tempo. Foi com a entrada da concorrência espanhola em Portugal que começou a oferecer preços muito baixos embora com menos qualidade, que a empresa onde trabalhava começou a entrar em dificuldades. Nessa altura, saiu e resolveu arriscar e avançar com um negócio por conta própria na área da publicidade.Vítor Galão, 57 anos, faz um balanço positivo das suas quase três décadas de actividade empresarial no ramo da publicidade. Diz que o negócio foi muito positivo até há cerca de oito anos, quando rebentou a crise financeira. “Com a crise muitas empresas de publicidade fecharam e os funcionários dessas empresas começaram a trabalhar por conta própria, muitos deles em casa, sem passar recibo. Isso torna a concorrência desleal”, critica. O empresário afirma que o que o distingue dos seus concorrentes é que mantém o mesmo nome da empresa e o mesmo número de telefone desde o início e isso ajuda a fidelizar clientes.Defende que a qualidade do serviço é muito mais importante do que procurar preços mais baixos embora, sublinhe, os clientes tenham tendência a procurar sempre preços mais baixos. “O serviço não é tão bom mas normalmente optam pelo preço mais baixo, embora se arrependam depois porque o trabalho não fica tão bem feito”, refere. A sua empresa produz tudo o que esteja relacionado com publicidade. Tem, inclusive, uma serralharia própria onde são os próprios que constroem todo o tipo de publicidade. Não falta sequer uma impressora a três dimensões que produz tudo o que o cliente quiser. Também produzem brindes, prémios e estampagem, embora em menor quantidade.Apesar de estar sedeado em Almeirim, Vítor Galão trabalha cada vez mais fora do seu concelho, incluindo para todos os pontos do país. Além disso, também já exporta para Angola. O que os clientes mais procuram é publicidade para montras de lojas, decorações de viaturas automóveis e reclames luminosos. Com uma equipa de cinco funcionários, Vítor Galão considera que o país ainda não saiu da crise e que pessoas continuam a retrair-se e a poupar na hora de investir. O segredo do seu sucesso, diz, é ser persistente, teimoso e ter carolice. “Temos que trabalhar sempre com muita qualidade porque o cliente depois fica a saber onde ir quando quer as coisas bem-feitas. Além disso, não podemos desistir e quando as coisas não correm bem temos que acreditar e pensar que amanhã será sempre um dia melhor”, reforça.Nos “poucos” tempos livres que tem gosta de andar de mota, passear e estar com a sua filha mais nova, de dez anos.
Dá cartas no mundo da publicidade há quase 30 anos

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