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Memorável Manuel Serra d’Aire

Penso que é tempo de, como forças vivas desta região, assumirmos as nossas responsabilidades cívicas e demonstrarmos também ao mundo a nossa acentuada preocupação com o estado a que chegou o rio Tejo. Afinal de contas não somos menos do que as milhentas organizações partidárias, políticas, ecologistas, gastronómicas, piscatórias e quejandas que, nos últimos tempos, já promoveram um qualquer debate, fórum, encontro, audição, visita ou outra coisa qualquer para debater o rio. Por mim poderia ser, por exemplo, um concurso para eleger a Miss Tágide, em memória de Luís de Camões e das suas aventuras e desventuras por terras ribatejanas, promovendo ao mesmo tempo a beleza natural das moçoilas da borda de água. Sempre era uma coisa menos árida e mais atractiva à vista do que esses debates a que faltam consequências práticas.São 17 anos de e-mails e ainda não fomos presos nem levámos bofetadas, apesar de, provavelmente, não faltar vontade a alguns dos nossos amigos de estimação. Quando começámos ainda não havia Facebook, nem Twitter e outras redes sociais. Hoje, não há político que não tenha Facebook onde expresse o seu desabafo. E estou convencido que, daqui a uns anos, as eleições vão ser não com votos nas urnas mas com “gostos” no Facebook. Quem tiver mais “gostos” ganha.A dependência dessa rede social é tanta que algumas autarquias já deixaram de emitir comunicados ou notas de imprensa para divulgar as suas actividades, informações ou posições. Quem quiser saber o que se passa que vá ao Facebook da senhora câmara ou do presidente ou presidenta. Não tem Facebook, é um info-excluído ou, simplesmente, não tem computador ou Internet? Azar do caraças!!!Aliás, foi com argumentação semelhante que a presidente da Câmara de Tomar justificou o facto de não ter informado os vereadores da oposição de um evento realizado nessa cidade. A informação estava no Facebook. Se não souberam foi porque não quiseram… Adaptem-se aos novos tempos e facebuquem-se homens, senão arriscam-se a, tal como o corno, serem os últimos a saber. Depois não digam que não vos avisei.Hoje ninguém escapa à influência da tecnologia e à sua omnipresença viral e até o Santuário de Fátima, sempre atento aos novos tempos, aderiu a esse mundo com o lançamento do Jogo dos Pastorinhos para dispositivos móveis. Um projecto que promete fazer furor e feroz concorrência aos jogos mais populares, tendo em conta o número de fiéis de Nossa Senhora que são também devotos ferrenhos do telemóvel.Por fim, não posso deixar de destacar a veia literária dos ex-presidentes da Câmara do Cartaxo, seja no romance, no ensaio, na crónica ou noutras disciplinas. Depois de Renato Campos, Conde Rodrigues e Paulo Caldas, foi a vez de Francisco Pereira ter publicado o seu primeiro livro, um romance. Temos na terra do vinho um autêntico viveiro de homens de letras. Se o actual presidente, Pedro Ribeiro, quiser manter a tradição, matéria não lhe falta para escrever um romance de faca e alguidar baseado em cenas da vida real, nomeadamente na sua relação com o antecessor Paulo Caldas com quem foi unha com carne durante alguns anos. Cá ficamos à espera.Saudações cibernéticas do Serafim das Neves

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