uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante

Maioria dos cidadãos diz desconhecer o trabalho das autarquias

Estudo da Universidade Católica revela que autarcas acham que a informação é suficiente
Um estudo da Universidade Católica concluiu que três quartos dos cidadãos consideram não estar informados ou estar pouco informados sobre a actividade das autarquias. As primeiras conclusões do trabalho desenvolvido pelo Centro de Estudos e Sondagens de Opinião (CESOP) da Universidade Católica Portuguesa revelam também que cerca de 25 por cento dos cidadãos não recebe qualquer informação sobre o trabalho das autarquias.O estudo faz parte do projecto CESOP-Local que visa “criar uma espécie de ferramenta capaz de captar a opinião das pessoas e a partir daí ajudar as autarquias a fazer um trabalho melhor”, disse à agência Lusa o investigador do CESOP João António. Realizado em Fevereiro deste ano, o estudo sobre a participação dos cidadãos na vida das autarquias incidiu sobre a Área Metropolitana de Lisboa (AML) e as regiões Oeste e Tejo, tendo como amostra 746 cidadãos residentes na AML e na região Oeste - 60% mulheres e 40% homens e, quanto ao grau de instrução, 38% não completaram o ensino secundário, 31% completaram o ensino secundário e 31% eram licenciados - e 91 autarquias da AML e das regiões Oeste, Lezíria e Médio Tejo - 68 juntas de freguesia e 23 câmaras municipais.Os primeiros resultados do estudo indicam que “três quartos das pessoas [o que corresponde a cerca de 75%] dizem que não estão informadas ou estão pouco informadas sobre a actividade da autarquia”, revelou João António, acrescentando que “há ainda um quatro das pessoas [cerca de 25%] que diz que não recebe qualquer tipo de informação” sobre o trabalho da autarquia. As pessoas participam pouco e muitas não querem participar mais”, afirmou.Um dos aspectos positivos é o contacto das pessoas com os órgãos de gestão autárquica, referiu o investigador do CESOP, explicando que “há poucas pessoas a participar, mas quando as pessoas se deslocam têm tido uma boa resposta por parte da autarquia, quer do ponto de vista da amabilidade e da simpatia, mas essencialmente do ponto de vista da resposta”. Segundo o estudo, existe “algum desajuste entre a percepção dos autarcas e a percepção dos cidadãos”. Os autarcas, mais do que os cidadãos, tendem a considerar que a informação chega a todos os interessados e que os órgãos de gestão autárquica estão acessíveis a todos e subvalorizaram a disponibilidade dos cidadãos para a participação no planeamento das acções da autarquia.

Mais Notícias

    A carregar...