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Petição para levar abolição de portagens em Vila Franca de Xira à Assembleia da República 

Abolição de portagens na A1 só funciona com um plano de mobilidade. Uma petição e uma discussão na Assembleia da República (AR) não resolvem o problema de fundo. O PDM (Plano Director Municipal) há muito acomodou os nós da A1 nos Caniços e Sobralinho, e variantes em Vila Franca de Xira, Alverca e outros locais. Entretanto optou-se antes por gastar milhões de euros num acesso da A1 a uma Plataforma Logística incapaz de atrair clientes e emprego, praticamente encostado a outro que já existia no Carregado. Mais a sul, continuam as acessibilidades deficientes, por falta das variantes prometidas sucessivamente, há cerca de 15 anos. Uma abolição de portagens, sem estratégia de mobilidade e transportes, não resolve tudo. Pode aliviar as localidades, mas a fila que começa de manhã na A1, mais ou menos na zona de São João da Talha, pode apenas transferir-se mais para trás.Hoje, menos carros se destinam ao centro de Lisboa, onde não há estacionamento e de onde muitas empresas têm saído nos últimos anos. Muitos apenas pretendem atravessar a 2ª circular em direcção a Alfragide, Carnaxide, zona de Amadora e Sintra. Tal será mais difícil com o limite de velocidade de 60 km/h que em breve será implementado pela CML (Câmara Municipal de Lisboa). Outros necessitam apenas chegar ao IC17/CRIL/túnel do Grilo, dirigindo-se às zonas de Odivelas, Loures e parques empresariais de Oeiras. Para aí não há transporte público digno desse nome, a partir do nosso concelho. Esse trânsito deveria ser encaminhado pela CREL que tem portagens exorbitantes, não cumprindo assim a sua função de distribuição de tráfego. A abolição de portagens na CREL não pode ficar fora desta equação. Ou os residentes do concelho arriscam-se a demorar mais para chegar ao destino.Nestes anos todos de espera em Vila Franca de Xira já vimos Loures e Odivelas serem servidas pela CRIL, IP7/eixo norte-sul, assistimos à construção da A16 na zona de Sintra, vimos o Metro chegar a Odivelas, entre outras melhorias nos concelhos vizinhos. E mais, vimos a reintrodução de portagens na CREL, após termos comprado casas na Póvoa e em Alverca, sobrevalorizadas devido à sua proximidade. O último acesso construído para Lisboa foi o IC2, na altura da Expo98, e ainda assim continua a terminar em Santa Iria de Azóia, às portas do nosso município.É tempo de estudar a sério a mobilidade e definitivamente criar condições de investimento por cá, para que não tenhamos que ir trabalhar cada vez mais longe de casa. É que fosse em Lisboa ainda se aguentava, mas é para concelhos que nos vão ultrapassando. Seria bom para a nossa qualidade de vida, para o ambiente e para a carteira.Maria Santos

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