uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante

Participação de menores nas touradas divide opiniões

Projecto de lei para impedir actuação e assistência a menores de 18 anos chumbado

A participação de menores de 18 anos nas touradas divide as pessoas e também os políticos, que chumbaram na votação da Assembleia da República, no dia 2 de Junho, os projectos-lei do Bloco de Esquerda, PAN e Verdes, que visava não só restringir o acesso de praticantes da actividade como também de menores a assistirem às corridas de toiros. O MIRANTE foi para a rua pedir a opinião dos cidadãos e as opiniões dividem-se.
Alguns são contra os espectáculos tauromáquicos e outros defendem a tradição da tauromaquia, como é o caso de José Machado e Luís Figueiredo. O primeiro é reformado e o segundo é técnico de poética ocular. Ambos consideram que a participação de menores é uma opção destes e dos pais e que não deveria estar nas mãos do Parlamento, pois trata-se de um gosto pessoal. João Branco, de 45 anos, é emigrante e discorda das limitações que se pretendam introduzir, referindo que é aficionado da festa brava e já foi forcado. “Deve ser uma escolha do menor em causa, e que a tradição nunca acabe”, sublinha.
Leontina Machado não se revê na tauromaquia e discorda da participação de menores, tal como Janete Cordeiro, da Moçarria, que é “contra a tourada por ser um espectáculo agressivo” mas não acredita no fim das touradas. Sónia Lobato, advogada estagiária, não concorda com a realização de touradas e acrescenta que “a proibição dos menores é uma questão paralela àquela que é central: proibir as touradas”. Sónia, Leontina e Janete concordam que a participação nas touradas é baseada na escolha pessoal do menor e pouco se pode fazer quanto a isso.
Tomás Gonçalves, de 16 anos, e Miguel Gomes, de 15, dois amigos que passeavam no Largo do Seminário, têm opiniões diferentes quanto ao assunto. Tomás também não concorda com o projecto-lei afirmando que “a tourada é cultura e deve ser respeitada acima de tudo e, ao contrário dos espanhóis, não temos os touros de morte nas nossas praças”. Miguel diz que não é grande fã da tourada e que concorda com uma lei mais restritiva mas não vê com isso o fim das touradas”.

Mais Notícias

    A carregar...