Dionísio Cordeiro conta já com 50 anos de experiência de trabalho no ramo automóvel, respeitando sempre os seus parceiros, considerando-se um pequeno empreendedor. Já com a paixão pelos automóveis, aos 14 anos de idade iniciou a sua carreira no mundo do trabalho. Começou como aprendiz de bate-chapas na empresa Roques, Lda, em Santarém, já na altura uma empresa bastante prestigiada, onde permaneceu 18 anos chegando a chefe de equipa.
Já com a ambição do negócio, após ter cumprido o serviço militar, retirou muitas horas ao seu descanso e começou por comprar automóveis para reparar e vender. Aos 32 anos considerava-se um homem motivado para o trabalho, visto que naquela altura era muito bem recompensado na empresa onde trabalhava. Mas não se sentia completamente realizado, por isso resolveu sair da empresa em que trabalhava e criou o seu próprio negócio.
Criou um espaço na Portela das Padeiras, em Santarém, onde montou a sua primeira oficina já com alguns equipamentos inovadores para a época. Com o crescimento do negócio, as necessidades de espaço foram sendo cada vez mais evidentes. Foi então que, 12 anos mais tarde, deu mais um passo: apostou em criar a empresa Dijocarros, numas instalações completamente novas, equipadas com tecnologia mais avançada e com área coberta de 1500m2. Nessa altura já teve em conta as perspectivas de futuro em termos de espaço, daí ter implantado a nave num terreno com 10.000m2.
Dionísio Cordeiro explica a O MIRANTE que a empresa foi criada a pensar no cliente, oferecendo-lhe uma alternativa aos concessionários, onde mantém um serviço de qualidade a menor preço, visto trabalharem com preços de mão-de-obra mais competitivos e sempre que o cliente o deseja, aplicam peças certificadas de qualidade como alternativa à origem. A Dijocarros foi das primeiras empresas a serem certificadas no distrito de Santarém.
O que motiva o empresário é a vontade de ajudar as pessoas. E não olha apenas a parte monetária. “A minha família sempre me transmitiu valores e há que respeitar o nome da família”, explica. “Temos também consciência que o cliente só deve pagar uma reparação, os insucessos não são culpa nem devem ser suportados pelo cliente. “Falamos de insucessos quando se trata da reincidência das causas dos problemas”.
Na Dijocarros não existe o hábito de partir para as reparações, “convictos de que a solução é “substituir o componente à toa”. Com a tecnologia automóvel de hoje, as reparações cada vez se tornam mais dispendiosas, por isso a oficina aposta em equipamentos de diagnóstico que permitem ser mais assertivos na detecção das causas das avarias.
O empresário também comercializa viaturas. “Optámos por reduzir o stock e limitamo-nos a vender a quem procura e a quem vem por recomendação. Temos como princípio, cada cliente é um amigo. Por isso trabalhamos em prol da sua satisfação”, explica o empresário. Todas as viaturas são revistas nas oficinas e servem os clientes com a garantia de que o investimento é seguro.
Para além da reparação e comercialização de viaturas, movido pela paixão dos automóveis e do antigo, Dionísio Cordeiro gosta de transformar o velho em novo, para recordar, fazer recordar e dar a conhecer aos mais novos o que eram os automóveis há uns tempos atrás. “Por isso, dedico os tempos livres ao restauro de automóveis pouco vulgares, para poder desfrutar de bons momentos, ao volante de algumas relíquias na companhia de familiares e amigos”. Na sua garagem conta com cerca de 40 clássicos.