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Nova piscina em Vialonga ainda vai demorar

Nova piscina em Vialonga ainda vai demorar

Equipamento, inicialmente projectado para o Parque Urbano da Flamenga, vai mudar de sítio e tudo aponta que seja para um terreno das proximidades, que o município ainda está a negociar.

A nova piscina de Vialonga não está esquecida pelo município mas está ainda longe de ver a luz do dia. Assim se resumem as declarações feitas pelo presidente de Vila Franca de Xira, Alberto Mesquita (PS), quando instado a comentar o ponto de situação da construção daquele equipamento que já é falado na comunidade há quase 20 anos.
A piscina estava inicialmente prevista para o Parque Urbano da Flamenga mas o executivo camarário decidiu mudar a sua localização por uma questão de harmonia visual e integração no meio urbano. “Este projecto foi visto com a comissão de moradores, porque valia a pena lutar para que a piscina não ficasse ali. Conseguimos, a muito custo, que ela saísse do parque central porque teria sido um desastre em termos visuais. Vamos relocalizá-la para a ponta do parque urbano, num outro terreno ali disponível”, explica Alberto Mesquita.
O autarca garante que a Câmara de Vila Franca de Xira está a negociar com um fundo imobiliário do Millennium BCP a aquisição da faixa de terreno que permitirá o avanço da obra, mas apenas se os valores forem “justos e acessíveis”.
“Quando encontrarmos solução justa em termos negociais avançamos. Haverá a possibilidade de se ligar o parque urbano à piscina com uma passagem superior. Mas temos de priorizar as nossas intervenções e precaver o futuro, para depois não nos arrependermos de construir a piscina no sítio errado”, justifica. Alberto Mesquita espera que a negociação final esteja “para breve”.

Oposição coloca reticências
A carta educativa do concelho, recorde-se, já aponta a freguesia de Vialonga como uma das que está mais carente de uma piscina. Outras piscinas do concelho, porém, revelaram-se fiascos, com um reduzido número de utentes, como acontece na Calhandriz e Forte da Casa.
“Somos a favor da piscina mas já devíamos ter aprendido com os erros do passado, como a piscina do Forte da Casa. Ela por si só não chega, é preciso algo próximo que a rentabilize, como escolas”, considerou o vereador Rui Rei, da coligação Novo Rumo. Ana Lídia, vereadora da CDU, notou que a alteração do local das piscinas só deveria ser feita depois de se encontrar um terreno definitivo onde elas pudessem ser construídas.
Quem vive em Vialonga já se habitou a ouvir falar da piscina prometida. Um assunto que vem sempre ao de cima quando as eleições começam a bater à porta. É por isso com alguma prudência que vários moradores, escutados por O MIRANTE, olham para os novos desenvolvimentos do assunto. “Vialonga está na ponta do concelho e há anos que não temos nem piscinas nem quartel dos bombeiros, gastaram o dinheiro todo nas outras terras e nós ficámos a arder”, resume Nuno Oliveira, morador.
Outro residente da Flamenga, Carlos Pedro, lamenta que “as expectativas que tínhamos quando comprámos as casas não se tivessem concretizado”, nomeadamente no que diz respeito à construção da piscina. Diz que a mudança de local das piscinas é “um golpe” para adiar ainda mais a sua concretização e lamenta que os equipamentos mais próximos se situem em Alverca e Póvoa de Santa Iria.
Na última reunião de câmara foi aprovada a execução da última fase do parque urbano da quinta da Flamenga, a fase 4B, que vai custar meio milhão de euros. Ao todo, a construção deste parque urbano já custou um milhão e 648 mil euros ao erário público. “Não é coisa pouca”, constata Alberto Mesquita.

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