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“As festas são uma lufada de ar fresco para a restauração e para o comércio “

Carla Pereira - Assistente Administrativa da empresa “Cabra D’Ouro”

Ainda existem pessoas empenhadas em trabalhar em prol da comunidade e manterem a tradição das festas anuais em Honra de Nossa Senhora do Castelo? Sim, penso que sim. As festas são motivo de orgulho para o concelho e a população esforça-se para que assim seja, ano após ano.
Participa nas festas e de que forma? Este ano irei participar apenas como visitante mas em anos anteriores a empresa Cabra D’Ouro e os seus funcionários participaram no Cortejo Etnográfico, um dos principais pontos atractivos das festas.
Que importância tem esta festa para a região? As Festas em Honra de Nossa Senhora do Castelo são uma tradição muito antiga e são um dos principais eventos culturais e religiosos da região. Acho que posso até dizer que se tornaram ao longo dos anos no principal cartão de visita do Concelho e a maior fonte de orgulho e união para a comunidade.
E para a sua empresa? A Cabra D’Ouro é uma das beneficiárias do afluxo de visitantes ao concelho que se verifica durante o período das festas. Os nossos produtos são vendidos no comércio local e nesta altura há um aumento de encomendas por parte dos nossos clientes. Além disso as festas são também uma plataforma para a promoção dos nossos produtos. Os turistas e visitantes que vêm de outras regiões do país têm a oportunidade de experimentar os nossos queijos e talvez mais tarde se tornem clientes fiéis da nossa empresa.
O que gostava de ver diferente nas festas? Não sei bem como responder a essa pergunta. Estou satisfeita com as festas tal como são agora. Espero que se continue a apostar na tradição mas que também não se descuide a vertente mais direccionada aos jovens. Actualmente já existem muitas actividades pensadas para os jovens, tais como as tasquinhas, a música ao vivo e a animação de rua mas acho que ainda existe espaço para mais iniciativas que cativem os jovens.
Em que medida as festas contribuem para a economia local e o desenvolvimento da terra? As festas contribuem bastante para a economia local. A afluência da população do concelho e dos muitos turistas que visitam Coruche por ocasião das festas é uma lufada de ar fresco para a economia da restauração e comércio local. E nos últimos anos tem-se apostado bastante na promoção dos produtos típicos da região e dos artistas e artesãos locais.
Como vê o futuro do seu concelho? Infelizmente não vejo um futuro muito brilhante, especialmente para os nossos jovens. É preciso mais investimento para criar mais emprego. Coruche é uma boa terra para se viver. Temos uma excelente qualidade de vida, mas os jovens da nossa terra vêm-se obrigados a sair para procurar melhores oportunidades e poucos são aqueles que se estabelecem por cá. O concelho tem vindo a perder população o que leva também a perda de serviços e assim se inicia um ciclo vicioso em tudo negativo para o concelho. Mas como diz o ditado, a esperança é a ultima a morrer e por isso há que ter esperança em que a situação do país em geral e a do concelho em particular melhorem.

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