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Cortiça como motor do desenvolvimento de Coruche

Cortiça como motor do desenvolvimento de Coruche

Município aposta cada vez mais neste sector para promover o concelho

Com a maior área de sobreiro a nível nacional, a eleição da cortiça como imagem de marca de Coruche surgiu como natural na aposta de desenvolvimento realizada nas últimas décadas no concelho. “A cortiça é fundamental para o desenvolvimento do concelho”, afirma o presidente da câmara, Francisco Oliveira. “Não só por termos a maior área de montado de sobro mas também pelo que ela representa em termos de empregabilidade ao nível do sector primário e também na componente que tem a ver com a transformação da cortiça”, refere. As três unidades de transformação de cortiça instaladas no concelho “empregam mais de 400 trabalhadores”.
O sector corticeiro representa uma importância muito grande na Península Ibérica. Coruche lidera a Rede Europeia dos Territórios Corticeiros (Retecork), da qual fazem parte Portugal, Espanha, França e Itália, onde a preocupação com a promoção e a protecção do sector é muito grande, não só nas componentes da transformação da cortiça mas também na componente da biodiversidade do montado.
No âmbito da aposta neste sector, o município aproveitou os fundos comunitários para construir uma estrutura - o Observatório do Sobreiro e da Cortiça - vocacionada para promover a inovação no sector, valorizando e dando visibilidade a um produto com projecção internacional. O Observatório tem actualmente parcerias com várias universidades, que utilizam o edifício - ele próprio um “ícone” da aplicação da cortiça na construção e no mobiliário - para os seus trabalhos de campo.
“O Observatório da Cortiça tem ganho cada vez mais confiança por parte das pessoas e das entidades, das universidades e dos empresários. Nos últimos dois anos o observatório tem tido visitas importantes como a do arquitecto chinês Wang Shu, vencedor do prémio Pritzker de Arquitectura 2012, entre outras, e essa promoção internacional acaba por dar frutos”, afirma o autarca.
Outras das apostas do município de Coruche passou pela criação da FICOR - Feira Internacional de Cortiça. Este certame pretende relançar a cortiça como alavanca da economia nacional, reforçar a liderança internacional de Portugal no sector e afirmar, ainda mais, Coruche como a Capital Mundial da Cortiça e através dessa afirmação internacional promover a marca Coruche nas vertentes turística e económica.
O futuro passa pela investigação, desenvolvimento e procura de novas vertentes de utilização da cortiça. A FICOR já mostrou algumas novas aplicações da cortiça no vestuário, na bijutaria, na prática desportiva, nos automóveis. “Mas o grande valor económico da cortiça ainda está assente na produção da rolha que representa 70 por cento. A nossa grande aposta passa pela qualidade deste produto e pela preservação da nossa floresta”, conclui Francisco Oliveira.

Cortiça como motor do desenvolvimento de Coruche

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