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Um teimoso perfeccionista que não gosta de falhar

Um teimoso perfeccionista que não gosta de falhar

José Fernando é responsável pela Xiral - Alumínios e Ferro. Empresário diz que lida mal com o facilitismo e o deixa andar e gosta de ter as coisas sempre bem feitas, cumprir prazos e ser sério. Já não tem férias há 12 anos e confessa que não é nada fácil ser patrão hoje em dia.

Frontalidade, honestidade e seriedade são alguns dos principais valores de vida de José Fernando, responsável pela Xiral, empresa de alumínios e ferro que fica situada no concelho de Vila Franca de Xira. É um empresário que confessa ser um teimoso perfeccionista que quando mete uma coisa na cabeça não descansa enquanto não a concretiza o melhor que souber. Não gosta de falhar e quer sempre estar à altura dos desejos e expectativas dos clientes.
É essa atitude que lhe tem granjeado o sucesso ao longo dos anos, com a sua empresa a ser uma das mais reputadas no ramo. “Não sou capaz de lidar com o facilitismo e o deixa andar. Gosto de ter as coisas sempre bem feitas, cumprir prazos, ser sério”, confessa a O MIRANTE.
Natural de Cernache do Bonjardim, uma freguesia do concelho da Sertã, José Fernando tem 62 anos e veio para a zona de Vila Franca de Xira pouco depois de fazer 14 anos. Por ali constituiu família e vive hoje em Samora Correia, concelho de Benavente. O seu primeiro emprego foi na área da mecânica automóvel, fazendo reparações em oficina para o então representante da Rover e Land Rover em Portugal. O trabalho correu bem e acabou por subir à categoria de experimentador, o responsável por recolher os carros dos clientes.
Mais tarde entrou na Marinha, nas escolas que na altura funcionavam em Vila Franca de Xira. “Entrei na Marinha porque sempre gostei e porque tive um irmão mais velho que esteve lá sete anos. Sempre gostei de servir na Marinha, achava-a uma tropa bonita e acabei por estar lá dois anos, o tempo obrigatório na altura”, recorda.
Como os salários eram baixos José Fernando decidiu voltar ao mercado de trabalho e regressou à mecânica, mas não foi uma boa aposta. “Na tropa não ganhava muito e como tinha sido o 25 de Abril havia a expectativa que cá fora os salários fossem melhores. Afinal foi ao contrário. Os salários congelaram cá fora e nas forças armadas começaram a disparar”, lamenta.
Como nunca foi homem de atirar a toalha ao chão continuou à procura de novas oportunidades de negócio e foi então que entrou no ramo da caixilharia e alumínios. Depois de vários anos a trabalhar com outras pessoas constituiu-se por conta própria em 1995, criando a Xiral, que se mantém até aos dias de hoje.
A Xiral é uma empresa vocacionada para o fabrico e montagem de caixilharia de alumínio, sobretudo para o segmento residencial, para clientes particulares que pretendem remodelar as suas habitações, mas também opera com uma alargada carteira de clientes empresariais. Pela sua vasta experiência e tecnologia utilizada, a Xiral procura oferecer a garantia de qualidade e satisfação aos clientes, do estilo tradicional ao moderno, das séries simples ao alumínio de ruptura térmica, ou ainda à série de alumínio-madeira, utilizados em fachadas de edifícios, varandas, portas, portadas, janelas, estores, automatismos ou até mesmo em outros produtos, que têm como base o sistema de caixilharia de alumínio.
O profissionalismo dos seus quatro colaboradores faz com que a Xiral seja reconhecida como especialista e uma referência no mercado nacional na área dos alumínios. A empresa começou por funcionar no Alto da Agruela, em Vila Franca de Xira, mudando-se em 2002 para as actuais instalações no Casal da Raposeira, em São João dos Montes.
José Fernando nunca teve uma profissão de sonho e foi-se adaptando ao que aparecia. Há 12 anos que não tira férias e todos os dias chega à empresa às 7h45 e só sai depois das 20h00. É uma vida dura, de empenho constante, só ao alcance de alguns. “Se eu fosse forçado a fechar a empresa nunca mais trabalhava por minha conta. É muito bonito ser patrão, tem de se ter espírito de empresário mas tem muita dor de cabeça. Não tenho férias há uns 12 anos. Hoje em dia é preferível ganhar menos mas chegar à hora e sair porta fora sem levar os problemas da empresa atrás. Connosco, os patrões, vai a preocupação de arranjar trabalho, dele correr bem e não haver problemas, a preocupação de receber e de se pagar a quem se deve a compra dos materiais, pagar ao Estado, pagar os salários, é tudo preocupações. Não é nada fácil ser patrão hoje em dia”, conclui.

Um teimoso perfeccionista que não gosta de falhar

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