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Parque urbano na Mata do Paraíso está na gaveta há dez anos

Parque urbano na Mata do Paraíso está na gaveta há dez anos

Arquitecto que desenhou o projecto descreveu-o como uma “catedral de meditação”. Presidente da Câmara de Vila Franca de Xira diz que um dos passos mais importantes está concluído: a compra da Mata do Paraíso, este ano, pelo município.

Volvidos dez anos desde a sua apresentação, em 2006, o projecto com vista à criação de um novo parque urbano na Mata do Paraíso em Vialonga, concelho de Vila Franca de Xira, continua sem sair da gaveta.
Além do rebentar da crise financeira, que obrigou a uma redefinição de prioridades de investimento, a câmara não estava a conseguir também chegar a acordo com o dono da mata para nele fazer o parque urbano. E o processo arrastou-se até agora.
Mas com a compra em Janeiro último por parte da câmara daqueles 18 hectares de mata, que custaram 300 mil euros aos cofres municipais, voltam a abrir-se possibilidades para que o projecto finalmente avance. “Vamos agora tentar implementar mas será um projecto por fases, porque é muito exigente e vasto em termos paisagísticos. Todas estas coisas têm evolução”, explica Alberto Mesquita, presidente do executivo.
Idealizado pelo arquitecto Sidónio Pardal, da Universidade Técnica de Lisboa, o projecto tinha como prazo de execução entre 10 e 20 anos, caso tivesse começado, como previsto, em 2007, e assentava na ideia de um parque vivo, em mutação, dando a impressão aos visitantes que crescia de dentro para fora.
“Comprar a mata já foi um passo de gigante. Já tínhamos tentado fazer ali uma intervenção no passado que não foi possível por não se ter chegado a acordo com os proprietários. Penso que o mais importante foi conseguido, que foi trazer a mata para a esfera municipal e com isso impedir que aquela importante mancha florestal fosse comprada por outro privado”, explica o autarca.
Na última reunião pública de câmara, realizada em Vialonga, alguns moradores lamentaram o facto da mata ainda não ter o projecto concretizado. O novo parque urbano iria custar perto de 5,8 milhões de euros na estimativa inicial. As obras partiam de um projecto considerado “minimalista” pelo seu autor e inspirado no Parque da Cidade do Porto. Sidónio Pardal descreveu-o, em 2006, como uma “catedral de meditação que não precisa de entretenimentos”. Entre as infraestruturas previstas para a área contavam-se um parque de estacionamento na parte exterior do parque, uma alameda, anfiteatros informais e pequenas unidades com várias espécies arbóreas.
A Mata do Paraíso é uma das maiores extensões florestais do concelho e a maior da freguesia de Vialonga. O local tem sido palco de numerosos eventos e convívios da população.

Parque urbano na Mata do Paraíso está na gaveta há dez anos

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