Câmara de Santarém não consegue cobrar 300 mil euros de rendas em atraso
Os bairros sociais são uma inesgotável fonte de problemas para as câmaras municipais e um sorvedouro de dinheiro público. Mas acabar com eles é pior a todos os níveis. Há famílias que sem apoio social a nível de habitação teriam que dormir na rua. E a sociedade tem que ser solidária. É evidente que os cidadãos se irritam quando verificam que muitos daqueles que as autarquias e o Estado em geral apoiam não cumprem os seus deveres de cidadania e ainda causam problemas mas por outro lado sabemos que tais pessoas não têm cabeça para gerir as suas vidas, não querem saber de regras e por mais ajudas que recebem não saem, nem muitas vezes querem sair, dos buracos onde se meteram. Repito, está fora de questão pô-las na rua e cortar as ajudas que lhes são dadas. Como também não é possível fazê-las desaparecer com uma magia qualquer, teremos que aceitar que o que os nossos impostos pagam é uma contribuição humanitária que em vez de ir para países africanos ou vítimas de terramotos, vai para pessoas que nasceram e vivem em Portugal.
Joana Testas
Trezentos mil euros de rendas de habitação social é muito dinheiro. O pior é que esse montante não apareceu agora. Foi-se acumulando ao longo de anos em que a Câmara de Santarém não soube ou não quis actuar, fazendo cumprir o regulamento. De certeza que tudo aquilo vai para o ficheiro dos incobráveis ou alguém pensa que algum dos que devem vai pagar.
Tomás