Fábrica de Torres Novas com “desconformidades” assegura que vai fazer obras
Este caso da Camponatura junta-se a outros, dos quais o da Fabrióleo é o mais falado. Há dias o secretário de Estado do Ambiente esteve em Torres Novas e para além de reconhecer que não há a devida coordenação entre as diversas entidades que têm que lidar com empresas e ambiente, acrescentou que por vezes é dada prioridade às questões económicas em detrimento das questões ambientais.
Compreendo e acho que toda a gente compreende que quando se trata de salvar uma empresa e postos de trabalho a tentação de fechar os olhos a aspectos ambientais existe mas nem tanto ao mar nem tanto à terra. Como O MIRANTE noticiou o secretário de Estado, sem se referir de forma clara à Fabrióleo, falou de uma empresa que tem 14 processos de contra-ordenação por questões ambientais, o que não deixa de espantar.
Pelo que vamos lendo e ouvindo a maioria de processos do género acabam por dar em nada ou porque prescrevem ou porque não se arranjou prova cabal da existência de crime.
Sendo assim e perante este cenário em que muitas câmaras também estão envolvidas como poluidoras, as esperanças num futuro melhor são poucas até porque só numa situação extrema tipo Chernobyl ou Fukushima as autoridades se mexem em defesa do ambiente. Primeiro a economia e o emprego...e só depois o ambiente. Ou seja, primeiro as questões imediatas porque os efeitos dos crimes ambientais só são sentidos mais tarde. É assim aqui e em todo o lado.
Joaquim Mendes Ribas