O executivo municipal de Tomar decidiu, por unanimidade, apoiar com 8.065 euros Olga Ferreira, empresária que viu o seu projecto empresarial de uma vida reduzido a cinzas na sequência do grande fogo que atingiu os concelhos de Tomar, Abrantes, Constância e Vila Nova da Barquinha no dia 7 de Julho de 2105. A presidente da Câmara de Tomar, Anabela Freitas (PS), explicou que este apoio é uma situação “excepcional” porque a empresa não tinha seguro. “É bom que os empresários criem medidas de auto protecção nas suas instalações para evitar que os danos sejam tão avultados”, disse a autarca.
O vereador do movimento Independentes por Tomar (Ipt), Pedro Marques, referiu que os danos causados pelo incêndio de Julho de 2015 foram avultados e prejudicaram a actividade económica da empresária. “A perda foi maior porque houve perdas de lucros do negócio. Este apoio da nossa parte devia ter sido mais célere para permitir à empresária recuperar a sua actividade económica o mais rápido possível”, disse.
Recorde-se que o incêndio que deflagrou numa zona de mato na Portela, concelho de Tomar, consumiu todas as suas plantações de ervas aromáticas, estufas, vedações de coelho bravo e colmeias, na localidade da Perdigueira, Tomar. A empresária assistiu impotente à força das chamas que lhe levaram os frutos de um projecto financiado pelo PRODER - Programa de Desenvolvimento Rural.
“Ardeu tudo, tudo, tudo. É um prejuízo que não tem explicação”, lamentava, na altura, desesperada. “Ficámos rodeados de lume por todo o lado. Não houve tempo para nada, só para tirar os carros e fugir”, afirmava. Da Perdigueira fugiu para a sua casa, no Falagueiro, que também estava em risco de ser consumida pelo fogo, para salvar os seus cães.
As chamas atravessaram o rio Zêzere e alastraram para os concelhos de Abrantes, Constância e Vila Nova da Barquinha. O incêndio obrigou ao corte da A23 entre o nó da Atalaia e o nó de Constância e a Estrada Nacional 3 entre Montalvo e Constância.