O Hospital Distrital de Santarém é o único na região que diminuiu o número de partos, no período de um ano contado até ao mês de Julho. O Hospital de Vila Franca de Xira é o que regista maior aumento de nascimentos, seguido da maternidade do Centro Hospitalar do Médio Tejo, que agrega os hospitais de Tomar, Abrantes e Torres Novas. De 2015 para 2016, na área de influência de O MIRANTE, o Hospital de Santarém fez menos 10 partos, enquanto Vila Franca de Xira, um hospital com parceria público-privada, realizou mais 81 partos e no Médio Tejo ocorreram mais 24 nascimentos.
Segundo o relatório da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), o Hospital de Santarém tinha em Julho de 2015 um total de 683 partos, diminuindo para 673 em Julho de 2016. O Hospital de Vila Franca de Xira é de todos os que realiza mais partos, com um total este ano de 966, quando em Julho do ano passado o número de nascimentos era de 885. No Médio Tejo em 2015 foram realizados 444 partos, passando para 468 em 2016.
Em relação aos partos com recurso a cesariana, o Centro Hospitalar do Médio Tejo foi o único que diminuiu a percentagem face à totalidade de nascimentos, em 0,8%, de 27,7% em 2015, para 26,9% em 2016. O Hospital de Vila Franca de Xira foi o que mais aumentou, passando de 23,8 por cento para 28,1%, e Santarém subiu quase um por cento, de 27,2% para 28,1%. A média nacional de cesarianas é de 27,8%.
O Hospital de Vila Franca de Xira sublinha que tem batido recordes todos os anos nos últimos cinco anos. “Congratulamo-nos pelos resultados publicados pela ACSS, bem como pelo reconhecimento dos utentes, que se dirigem a nós enquanto hospital de eleição”, refere a instituição. Para esta unidade a “humanização do serviço, bem como os reconhecimentos externos do hospital ao nível da qualidade e segurança, como a acreditação pela Joint Comission International, a mais prestigiada entidade acreditadora a nível mundial, são fatores que têm conquistado as preferências das futuras mães”.
Para o presidente do Centro Hospitalar do Médio Tejo, os números reflectem a dinâmica que tem sido implementada de “evidenciar a competência reconhecida dos profissionais de saúde do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia, assim como as excelentes condições físicas da maternidade”. Carlos Andrade realça que “este resultado revela-se mais importante quando comparado com hospitais de regiões mais rejuvenescidas do país, cujo número de partos baixou”. O MIRANTE solicitou uma posição ao Hospital de Santarém, que não respondeu até ao fecho desta edição.