“A Expo Alcanede deveria ter instalações próprias para o efeito”
Joaquim Miguel Dias do Rosário Frazão - Administrador do Grupo Frazão
Como vê o futuro do concelho de Santarém? Relativamente promissor tendo em conta a vantagem da sua situação geográfica. No futuro e caso se verifique a tão esperada descentralização poderá viabilizar uma dinâmica de desenvolvimento diferenciada da actual. Todavia o desenvolvimento está sempre dependente das politicas sociais e económicas que venham a ser implementadas, no sentido de promover novas iniciativas na área do empreendedorismo e criação de empresas, coisa que não tem acontecido na dimensão necessária nestes últimos 10/15 anos. Urge delinear uma estratégia num futuro próximo.
E o futuro da sua empresa? O futuro da nossa empresa passa essencialmente pela implementação de novos produtos com valor acrescentado e exportáveis.
É fiel às tradições? De que forma é que participa na Expoalcanede? Somos fieís às tradições e participamos na Expo Alcanede desde a sua primeira edição com stand próprio e amostra dos nossos produtos.
Que importância tem esta feira para a região? Tem a mais valia de juntar as pessoas da área envolvente em convívio e mostrar aos visitantes as potencialidades da freguesia e a sua capacidade de iniciativa.
O que gostava de ver diferente na feira? Instalações próprias que permitissem que o evento tivesse melhores condições para o fim a que se propõe e para outras iniciativas. A continuidade da exposição em estrutura móvel no principal pavilhão torna um pouco difícil de suportar, sobretudo pelos custos associados repetidamente em cada ano.
Está contente com as mudanças politicas a nível local e nacional? Que alterações notou na região? Ao nível da política de desenvolvimento local como exemplo, continuamos sem uma ligação digna à sede do concelho, tendo a mesma um percurso miserável de aproximadamente 30 quilómetros até à cidade de Santarém. A nível nacional não esperamos grandes mudanças, pois aquelas que foram implementadas nas últimas décadas até à actualidade só têm, no nosso entender, dificultado e muito, a vida dos cidadãos e das empresas. A nível internacional também não vivemos o melhor momento.
O que não lhe perguntamos e que gostava que tivéssemos perguntado? Se somos felizes? E a resposta é não, infelizmente. O contexto geral, acompanhado de reduzida sensação de liberdade, não o permite.