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Dirigente associativa em quatro frentes

Dirigente associativa em quatro frentes

Maria Gertrudes integra a direcção de quatro associações de Benavente porque não consegue recusar os convites que lhe são feitos. A professora aposentada começou pela Universidade Sénior e a Filarmónica Benaventense é o seu mais recente desafio.

Maria Gertrudes Pardão, 64 anos, é um exemplo de dedicação à causa do associativismo em Benavente pois faz parte da direcção de quatro colectividades (Universidade Sénior do Concelho de Benavente, ARPICB - Associação de Reformados Pensionistas e Idosos do Concelho de Benavente, Bombeiros Voluntários de Benavente e Sociedade Filarmónica de Benavente). Uma colecção de cargos e de responsabilidades que decorre do facto de, como diz a própria, lhe ser difícil dizer não aos convites que lhe são feitos.
A dirigente associativa resume as qualidades que se devem ter para se estar à frente de uma agremiação. “Basicamente é preciso boa vontade, espírito de ajuda e colaboração”, refere a antiga professora, que desde que se aposentou tem dedicado a sua vida às colectividades de Benavente, de onde é natural.
A primeira associação a que se dedicou foi a Universidade Sénior, há cerca de oito anos. “Primeiro ofereci-me para colaborar mas, depois, o agora presidente da câmara, Carlos Coutinho, convidou-me para gerir o projecto e eu aceitei com muito gosto. Ao início eram só os pólos de Benavente e Samora Correia, depois alargou-se a Santo Estêvão e Barrosa. Como achei que já estava a ser trabalho a mais fiquei apenas com Benavente. No pólo de Samora, além de coordenadora também dava aulas de alfabetização. Tinha uma turma muito gira onde ensinei a ler um senhor com 82 anos. Foi muito gratificante. Encheu-me a alma ver aquelas pessoas ainda quererem aprender a compreender as notícias dos jornais”, confessa Maria Gertrudes.
Quando já estava a trabalhar com a Universidade Sénior apareceu o convite para a ARPICB. Seguiu-se novo convite para integrar a direcção dos Bombeiros Voluntários de Benavente e, por último, porque não consegue dizer não, acabou a presidir à direcção da Sociedade Filarmónica Benaventense.
“Na Sociedade Filarmónica temos falta de alunos para se formar uma grande banda. Mas este ano estamos no bom caminho, há 20 novos alunos e penso que vamos engrandecer Benavente com uma banda de jovens. Nos bombeiros temos tentado adquirir fundos para a aquisição de uma nova ambulância. Os Bombeiros de Benavente precisam de uma ambulância nova e estamos a fazer todos os esforços para conseguirmos concretizar esse desejo até Janeiro pois faz-nos imensa falta. A participação nas tasquinhas da Feira de Benavente e o desafio do Facebook em nomear 10 pessoas para colocar dinheiro na nossa conta, têm sido as últimas iniciativas”, refere Maria Gertrudes que durante esta conversa na Feira das Tasquinhas de Benavente saltava entre a cozinha dos bombeiros e o expositor da Sociedade Filarmónica.
A razão para este acumular de associações parte do “companheirismo, a alegria de viver e o optimismo” de Gertrudes. “Temos de viver unidos e as associações servem para unir os povos e tem de haver alguém que ajude as associações a não morrer”, diz.
O seu envolvimento no movimento associativo acaba por ser uma consequência natural do seu amor a Benavente. A vila onde nasceu está muito enraizada na sua cultura, muito por culpa dos pais que em África, nunca esqueceram as origens. “Adoro ser de Benavente. Fui para Angola com três anos e saí aos 23 com o curso feito. Se não fosse a guerra ainda estava lá. Vim em 1975 mas os meus pais sempre me transmitiram o amor a Benavente”, assume, dizendo que quando regressou foi muito bem recebida e integrou-se facilmente na comunidade.

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