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Ex-presidente de Ourém contra hipermercado em imóvel classificado

Em resposta às críticas lançadas por David Catarino, o actual presidente da câmara, Paulo Fonseca, alega que o município não se deve manifestar sobre investimentos privados.

O antigo presidente da Câmara Municipal de Ourém, David Catarino (PSD), defende que a cidade deve opor-se à possibilidade da instalação de um hipermercado num imóvel, conhecido por Casa do Tenente-Coronel Moreira Lopes, que o Plano Director Municipal (PDM) classifica de interesse concelhio.
David Catarino escreveu uma carta aberta ao actual presidente do município, Paulo Fonseca (PS), onde critica a decisão de se avançar com esse processo. “Quando se classifica a casa é o conjunto que se classifica. Não é o portão, não é a nora, não é a habitação. É o conjunto que deve ser preservado, obviamente com um projecto que valorize o local. Sacrificar este conjunto classificado para ali colocar um pavilhão comercial não é aceitável e a cidade deve opor-se a isso”, afirmou.
O assunto levantado por David Catarino foi abordado em reunião de câmara com o vereador Luís Albuquerque, da Coligação Ourém Sempre (PSD/CDS), a questionar o presidente sobre a veracidade desta hipótese. Paulo Fonseca não respondeu concretamente à pergunta afirmando apenas que a câmara municipal não se deve manifestar sobre investimentos privados.
Paulo Fonseca disse também que não se pronunciava sobre o email de David Catarino. “Até agora não entrou na câmara. São eventuais pretensões de uma empresa privada. Existem muitas pretensões de investimento no concelho que não devem ser tratadas na praça pública. O processo pode entrar na câmara e não ter fundamento. Não percebo a lógica do email enviado”, afirmou o autarca socialista.
Questionado por Albuquerque se houve reuniões entre o executivo municipal e o promotor da empresa, Fonseca não esclareceu. Na missiva, David Catarino sublinha que existem alternativas para instalar o hipermercado. “A câmara municipal tem a responsabilidade de gerir a cidade. Deve dar um passo em frente e aproveita esta que talvez seja a última oportunidade para criar uma âncora de desenvolvimento na zona da igreja paroquial”, considera.
David Catarino sugere que o edifício do antigo mercado, “que está degradado e com uma função pouco nobre”, possa acolher a instalação do estabelecimento comercial, num edifício com dois níveis de estacionamento, ficando a loja com frente para a igreja. “Todo o comércio que tem fechado naquela praça ganharia uma nova dinâmica, dando equilíbrio e desenvolvimento à cidade. Aqueles que, por omissão, falharem esta oportunidade de desenvolver aquela zona da cidade serão julgados por isso. A câmara municipal, no meu entender, tem que tomar a iniciativa e conduzir o processo, não só pelas razões já apontadas mas também porque é seu património”, destacou.

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