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Novo terminal rodoviário da Póvoa de Santa Iria em Outubro

Novo terminal rodoviário da Póvoa de Santa Iria em Outubro

Utilizadores dos autocarros vão passar para uma zona mais próxima da estação. Edifício centenário dos Moinhos da Póvoa será demolido e espaço poluído limpo.

A partir de Outubro a zona junto à estação de comboios da Póvoa de Santa Iria, uma das mais movimentadas da linha da Azambuja, vai ter um novo terminal rodoviário. A empreitada visa transferir o actual terminal, situado junto ao bairro dos pescadores, para uma localização mais próxima da estação.
O projecto, orçado em 21.499 mil euros, é financiado pela Câmara Municipal de Vila Franca de Xira e era uma reivindicação antiga dos utilizadores da linha de comboio. Além do maior conforto, a alteração promete também dar mais condições de segurança a quem utiliza diariamente os transportes públicos para ir para o trabalho.
A intervenção só é possível graças a um acordo feito entre a câmara e o proprietário do espaço, o fundo de investimento imobiliário Funsita, que tem planos para fazer no local prédios de habitação e serviços. A obra consiste na execução de paliçada em postes de madeira, reaplicação de tapumes metálicos e chapas metálicas, pavimentação e criação de redes de esgotos pluviais e haverá também demolições, estando os trabalhos com conclusão prevista para Outubro.
Na última reunião pública de câmara foi aprovada uma alteração ao acordo de autorização de ocupação temporária do espaço por parte do município. E não passou ao lado dos eleitos a prevista demolição, por parte do fundo dono do terreno, do antigo edifício dos Moinhos da Póvoa - um edifício que a protecção civil municipal considera de risco, já que ameaça ruir a qualquer momento.
O vereador Nuno Libório (CDU) considera que a destruição do edifício é uma perda para a memória industrial da cidade mas admite que alguma coisa deve ser feita no local. “Se não houver outra solução que não a demolição não vemos nenhum obstáculo, mas gostávamos que se preservasse o que fosse possível”, disse.
Já Rui Rei, da coligação Novo Rumo, lembrou que com a destruição do edifício “a memória industrial passa a ser zero” mas confessou não ter outra solução senão permitir a destruição do edifício. “Conduzimos este processo não sabendo valorizar o que ali existia. Agora a memória industrial da Póvoa desapareceu, não há factor identitário, ficamos só com uma Greif e uma Eurofil quase abandonada”, lamentou. O documento foi aprovado por unanimidade.
O presidente da câmara, Alberto Mesquita (PS), diz que está em causa a segurança de pessoas e bens. “Demos indicação para preservar o edifício mais pequeno que lá existe para criar um futuro museu da indústria. Não sei como esse processo irá evoluir mas a memória fica assegurada. Ao mesmo tempo a Funsita compromete-se a resolver o passivo ambiental existente na zona, que como se sabe tem muitos resíduos antigos de nafta e outros produtos que ali eram descarregados”, lembrou o autarca.

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