Colecções para todos os gostos em Benavente
Exposição decorreu no sábado e juntou 140 coleccionadores de vários pontos do país
A exposição de coleccionismo de Benavente recebeu no dia 24 de Setembro 140 coleccionadores dos mais diversos artigos, desde as notas mais raras a simples canetas de escrever. Um evento que no próximo ano segue para a XVI edição e que, de acordo com a organização, está a tornar-se uma das iniciativas mais importantes do concelho.
Francisco Borges tem 87 anos e é de Benavente. Esteve emigrado no Bahrein entre 1978 e 1981 e na colecção de notas que apresenta - que é de um amigo - existem alguns exemplares desse país árabe. As restantes são de países como Singapura, África do Sul, Brasil e notas das antigas colónias portuguesas. Uma colecção que se foi fazendo com a ajuda de pessoas que passaram por esses países e que Francisco Borges foi exibir em representação do dono.
José Carriço está a residir em Muge (Salvaterra de Magos) e tem uma bancada com álbuns cheio de ‘tazos’, pequenos cilindros que na década de 1990 e início dos anos 2000 podiam ser encontrados dentro de pacotes de batatas fritas. Contudo não foi a comer batatas que Carriço adquiriu quase 10 mil tazos. O coleccionador comprou-os a outros amantes do coleccionismo e agora espera vender os que tem para troca. Afirma que só se irá desfazer das colecções caso surja alguma emergência. Rosário Carmo é madrinha da filha de Carriço. A senhora de 48 anos, começou a interessar-se pelo coleccionismo recentemente e por enquanto apresenta um molho de canetas e isqueiros.
Já Manuel Soares tem três mesas cheias de álbuns. Lá dentro não são fotografias que colecciona, mas sim moedas. A obsessão pela numismática começou quando pretendia adquirir apenas um exemplar de uma cunhagem. “Há 50 anos que ando atrás das moedas. Nasci em 1939 e nesse ano só fizeram uma moeda de um escudo. Comecei então à procura de moedas de 1939, até que fui comprando outras. Agora tenho moedas de 1939 vindas de todo o mundo”, refere o senhor de 77 anos.
Apesar do gosto pelas moedas, Manuel não acompanhou o gosto de muitos em coleccionar moedas de euro, com gravuras dos 19 países da zona euro. “Os euros não são moedas são medalhas. Moedas são com o brasão de cada país. Para mim o euro não tem valor nenhum. Fazem milhões de moedas euros, mas para coleccionar só se tivessem uma cunhagem de 5 mil exemplares. Euros é para gastar na hora”, afirma.