Rede de saneamento básico no concelho de Tomar está obsoleta
Presidente do município considera que devia estar a ser construído equipamento moderno e não a requalificar o antigo
“O concelho de Tomar tem infraestruturas, ao nível do saneamento, do século XIX. Devíamos estar a construir infraestruturas modernas e não a requalificar as antigas, como estamos a fazer mas não há dinheiro para um investimento tão grande. Os SMAS (Serviços Municipalizados de Água e Saneamento) vão fazer o investimento possível e vamos buscar os fundos comunitários que conseguimos”. A afirmação é da presidente da Câmara de Tomar, Anabela Freitas (PS), e foi proferida na última sessão da Assembleia Municipal de Tomar, durante a discussão do orçamento dos SMAS para 2017.
O orçamento dos SMAS de Tomar para 2017 é de 7.184, 971 euros, sendo que o tarifário vai manter os valores em vigor. Vai sofrer apenas duas alterações que a câmara municipal considera como sendo ambas favoráveis aos consumidores. Uma delas será a aplicação de uma tarifa social a aplicar às pessoas colectivas de utilidade pública que, segundo informa a autarquia, vai beneficiar nomeadamente as diversas colectividades do concelho que obtiveram o direito a este estatuto.
A outra será a introdução de uma tarifa única mensal de 30 euros do serviço de recolha de resíduos sólidos urbanos para utilizadores não domésticos que, sendo grandes produtores, possuam fontes próprias de água. O tarifário foi aprovado em sessão camarária no seguimento da proposta apresentada pelo conselho de administração dos SMAS.
Em relação aos investimentos para o próximo ano estão contempladas diversas candidaturas a fundos comunitários que ainda não obtiveram resposta, nomeadamente a Ponte da Vala e uma parte de Palhavã. No que toca à recolha de resíduos sólidos, Anabela Freitas afirma que os veículos estão “muito” velhos e que vai haver um investimento na aquisição de novos veículos de recolha de lixo. Anabela Freitas falou também que os circuitos de recolha são os mesmos há 20 anos. “É fundamental fazer um estudo, com os presidentes das juntas de freguesia, para percebermos se estão a ser usados os circuitos correctos, se não estão desactualizados”, disse.