Almeirim contrata arquitecto para mudar aspecto da zona da praça de toiros
Câmara escolheu urbanista responsável pelo novo Terreiro do Paço em Lisboa. Parque com actual configuração tem 13 anos e foi requalificado após a feira mensal, que se realizava no local, até então em terra batida, ter sido transferida para a zona industrial.
O presidente da Câmara de Almeirim quer dar uma nova cara ao Parque das Tílias, junto à praça de toiros, com um arranjo mais moderno e atractivo para os milhares de visitantes que passam pela zona e que se dirigem aos restaurantes da sopa de pedra. Pedro Ribeiro já contratou, por 20 mil euros, o arquitecto que, entre outros, foi responsável pelos projectos do Cais do Sodré, Largo do Corpo Santo e Terreiro do Paço, em Lisboa. O arquitecto Bruno Soares já começou a trabalhar na cidade recolhendo opiniões, ideias e estudando o local.
Segundo Pedro Ribeiro, pretende-se que o projecto que venha a ser desenhado seja do agrado de quem está no espaço, sobretudo os empresários da restauração. O autarca revela, em declarações a O MIRANTE, que no objectivo de se criar um plano consensual o arquitecto já reuniu com técnicos da câmara, já recolheu sugestões da confraria gastronómica e que está a estabelecer conversas com a associação de restaurantes de Almeirim. Vão ser também recolhidas ideias dos organismos ligados ao turismo.
A ideia de avançar com este projecto, que ainda não tem um horizonte temporal para a sua execução, é também potenciada pelo facto de a Santa Casa da Misericórdia de Almeirim estar a preparar-se para requalificar a praça de toiros da cidade, criando galerias comerciais. Pedro Ribeiro revela para já que está acordado a câmara ter um espaço nessa galeria na praça para funcionar como espaço de turismo.
O autarca explica que é importante requalificar a zona porque é o local da cidade por onde passa mais gente, centenas de milhar de pessoas por ano, e que neste momento é um mero parque de estacionamento. Pedro Ribeiro refere também que não há fundos comunitários para este tipo de obras e que a autarquia pode ir avançando com alguns trabalhos de requalificação, aos poucos, por fases, sem desvirtuar o projecto global que for definido.
“O objectivo é planear para o futuro uma intervenção que melhore substancialmente” a zona, sublinha o presidente do município. “Temos consciência que esta intervenção não é para fazer ‘amanhã’ mas sabemos todos que é fundamental preparar e planear o futuro. Se isso for feito por pessoas especializadas e com créditos firmados todos ganhamos, sobretudo quando se trata de turismo”, argumenta.