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Justiça tem de trabalhar “mais rápido” e ir “mais longe” no caso da legionella
Alberto Mesquita com o Presidente da Ordem dos Advogados de VFX, Paulo Rocha

Justiça tem de trabalhar “mais rápido” e ir “mais longe” no caso da legionella

Presidente da Câmara de Vila Franca de Xira diz que dar resposta às vítimas é “o mínimo” que a justiça deve fazer, relembrando que o município tem disponível um advogado para aconselhar todos os que necessitem.

As vítimas do surto de legionella no concelho de Vila Franca de Xira já deviam saber em que pé se encontram as investigações e, passados dois anos, é “exigível” que a justiça funcione de forma “mais rápida” e vá “mais longe” no apuramento da verdade.
A ideia é defendida a O MIRANTE por Alberto Mesquita, presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, ainda no rescaldo de uma sessão realizada na cidade sobre o assunto na última semana. “A investigação devia ser concluída para as pessoas poderem tomar as decisões jurídicas mais adequadas. É exigível que a justiça apure o mais depressa possível quem é o culpado e o que se passou. É o mínimo que se pode fazer. Já vamos com dois anos passados e, mesmo sabendo que a investigação é complexa, as pessoas têm direito a ter uma resposta muito mais pronta da justiça que ainda não tiveram”, refere o autarca.
O município tem procurado saber em que ponto está o caso na justiça mas não tem tido sorte, o que deixa Alberto Mesquita ainda mais incomodado com a demora do caso. “Tem que se ir mais longe e mais rápido neste problema”, assegura. O autarca voltou esta semana a reafirmar que a câmara “tudo fez” do que estava ao seu alcance para apoiar as vítimas e relembrou que continua a haver disponível na câmara um advogado para esclarecer todas as dúvidas que ainda existam. “O que se passou foi muito grave e espero que nunca mais se repita, quer aqui quer no resto do país”, lamenta.
Recorde-se que na última sessão sobre o assunto foi divulgado um estudo desenvolvido por um professor do Instituto de Ciências Sociais, de Lisboa, junto de cerca de quatro dezenas de vítimas, que mostrou que a maioria ficou satisfeita com o atendimento que teve nos serviços de saúde e no hospital da cidade, mas classificou de “muito negativa” a actuação da empresa suspeita de ter causado o surto bem como da câmara e as juntas de freguesia.
O surto de Vila Franca de Xira infectou 375 pessoas e causou a morte a 14 pessoas. 90 por cento das vítimas viviam a três quilómetros da torre de refrigeração contaminada com a bactéria. O surto de legionella de Vila Franca de Xira foi o terceiro com mais casos em todo o mundo e teve início a 7 de Novembro de 2014, tendo sido controlado em duas semanas. A doença do legionário contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada.

Justiça tem de trabalhar “mais rápido” e ir “mais longe” no caso da legionella

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