No início deste ano o presidente da Câmara de Ourém, Paulo Fonseca (PS), apresentou, em reunião camarária, uma proposta, que considerou “de paz” para com o Santuário de Fátima, com quem o município mantém um litígio judicial por causa de um terreno em Fátima. O autarca propôs remeter a essa entidade religiosa um documento dando conta que a autarquia aceita a “sentença” do Tribunal da Relação de Évora que obriga o município a devolver essa parcela de terreno onde foram realizadas obras públicas e que era disputada entre as duas instituições. A proposta de “paz” de Paulo Fonseca caiu por terra quando a Coligação Ourém Sempre (PSD/CDS) contrapropôs antes uma ida ao local com os responsáveis do Santuário para se avaliarem os contornos da execução da sentença, que foi aprovada pela oposição (o PS tem maioria relativa no executivo). O presidente do município teve que acatar a decisão da maioria e enviou uma carta ao reitor do Santuário a dar conta da decisão camarária e da intenção de se realizar uma visita conjunta, mas o reitor do Santuário informou que não existe qualquer interesse em realizar essa visita, dando uma nega sem contemplações aos autarcas. O que traduzido por miúdos poderia ser qualquer coisa como: “já chega de conversa, passem mas é para cá o terreno...”.