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Motorista da Cercipóvoa apanhado a conduzir com álcool

Associação diz que a segurança dos utentes nunca esteve em causa. Motorista terá sido denunciado à polícia por um colega de serviço. Está proibido pela associação de voltar a conduzir até que o caso seja esclarecido.

Um dos motoristas da Cercipóvoa, instituição da Póvoa de Santa Iria que presta apoio a pessoas com deficiência da região, foi apanhado no dia 8 de Fevereiro a transportar cinco utentes com excesso de álcool no sangue. Foi entretanto proibido de conduzir pela instituição até que o caso seja esclarecido.
O condutor foi fiscalizado pela Polícia de Segurança Pública pelas 17h00 depois de uma alegada denúncia feita para a esquadra da Póvoa por um dos colegas de trabalho, que temeu pela segurança dos utentes. A polícia interceptou o autocarro e mandou-o parar já entre a Encarnação e Sacavém para efectuar o despiste de alcoolemia ao condutor.
O homem registou uma taxa acima dos 0,2 gramas de álcool por litro de sangue, o limite máximo para condutores de transportes colectivos, mas abaixo dos 0,5 que são exigidos para os restantes condutores de ligeiros. O motorista acabou por ser levado para a esquadra para ser identificado e dar seguimento ao expediente. Os cinco utentes que transportava no momento da fiscalização tiveram de ser recolhidos por outro condutor.
José Manuel Gonçalves, presidente da direcção da Cercipóvoa, explica a
O MIRANTE que a advogada da instituição já solicitou à PSP o envio do expediente para análise e que, só depois, a direcção se pronunciará sobre o caso. Para já o condutor em causa, que também realiza trabalhos de mecânico naquela instituição, foi proibido de voltar a conduzir até que o caso seja esclarecido. A instituição vai também abrir um processo disciplinar interno. O responsável da Cercipóvoa garante que a segurança dos utentes não está, nem nunca esteve, em causa.
Mesmo assim a situação causou alarmismo em alguns pais. E há mesmo quem diga que a situação é recorrente e que alguém que conduza transportes colectivos pura e simplesmente não deve tocar em bebidas alcoólicas antes do serviço, independentemente de estar ou não dentro dos limites legais.
O caso veio reavivar a memória de outro acidente ocorrido em Abril último, também com o autocarro da instituição, quando um extintor libertou pó químico dentro do veículo. Nessa altura 22 pessoas, 16 utentes e 6 colaboradores da instituição tiveram de ser assistidos por terem inalado o pó que, apesar de irritante, não é perigoso para a saúde. Outras cinco pessoas, incluindo o motorista da viatura, foram encaminhadas para o hospital de Vila Franca de Xira por precaução, tendo recebido alta horas depois.

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