Deputados querem esclarecimentos do Governo sobre novas descargas poluentes no Tejo
Poluição voltou a afectar o rio nos últimos dias sendo bem visível na zona de Abrantes
O grupo parlamentar do PSD entregou na quinta-feira, 9 de Fevereiro, um requerimento para chamar com carácter de urgência o ministro do Ambiente à Comissão de Ambiente da Assembleia da República por causa do recente aumento da poluição no rio Tejo, revelou o deputado Duarte Marques, eleito pelo círculo de Santarém
“Apesar de todas as iniciativas e das várias recomendações efectuadas pela Assembleia da República, ao longo dos últimos dois meses, e principalmente na última semana, o rio Tejo voltou a apresentar focos de poluição preocupantes”, afirmam os deputados do PSD no requerimento, onde recordam os passos dados nos últimos tempos com vista à identificação das fontes de poluição e resolução do problema.
“Na actual legislatura a Assembleia da República, através da Comissão de Ambiente, elegeu o rio Tejo como prioridade para este mandato. Recentemente a Comissão do Ambiente deslocou-se ao rio Tejo e visitou os principais focos de preocupação. Todas as autoridades foram ouvidas no Parlamento e todos os grupos parlamentares se empenharam neste tema”, descrevem, acrescentando que “na passada legislatura a Assembleia República aprovou, por unanimidade, uma resolução “Em defesa da sustentabilidade do rio Tejo”.
Deputada do CDS questiona Ministério do Ambiente
A deputada do CDS-PP Patrícia Fonseca questionou, no dia 9 de Fevereiro, o Ministério do Ambiente sobre as descargas poluentes ocorridas no dia anterior, no rio Tejo, na zona de Abrantes. A deputada eleita pelo círculo de Santarém quer saber se o ministro do Ambiente tem conhecimento da situação descrita e se já foi identificada a fonte de poluição.
No documento, Patrícia Fonseca frisa que, não obstante todas as diligências tomadas nos últimos tempos, “no dia 8 de Fevereiro voltou a ser visível no açude de Abrantes a água de um forte tom castanho escuro, com muita espuma, o que denota uma descarga recente de um qualquer efluente. Era notória a diferença de cor do rio Zêzere a entrar no rio Tejo, o que revela que a fiscalização não está a ser eficaz”.
Patrícia Fonseca questiona ainda o ministro sobre se está a ser equacionada a possibilidade de ser encontrada uma alternativa para a gestão dos efluentes das indústrias da região que ainda não têm os seus investimentos concluídos, no sentido de reduzir a carga poluente no Tejo. Os problemas ambientais do rio têm sido recorrentes, tendo tomado proporções de maiores dimensões nos últimos dois anos.