Começou montagem de estaleiros para demolir prédios em risco no Monte Gordo
Intervenção em urbanização de Vila Franca de Xira deverá demorar cerca de cinco meses. Vão ser deitados abaixo dois edifícios com sete pisos cada. Moradores foram indemnizados.
Os trabalhos para a demolição de dois prédios em risco de ruir na encosta do Monte Gordo, em Vila Franca de Xira, arrancaram na segunda-feira, 6 de Março, com a montagem dos estaleiros, uma operação que decorrerá durante cerca de cinco meses.
Em causa estão dois prédios de sete pisos, de 14 fracções cada, construídos no início da década de 1990 e que a partir de 1999 começaram a abalar e a apresentar fissuras. Todos os documentos produzidos pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) concluem que existem sérios riscos de os edifícios virem a ruir devido a problemas estruturais e de fundações.
Um dos prédios (lote 2) está desocupado há muitos anos, enquanto o outro (lote 1), onde viviam nove famílias, foi desocupado em 2013, por despejo administrativo, através de intervenção policial.
Os trabalhos preparatórios para a demolição dos dois prédios iniciaram-se na rua Quinta de Santo Amaro e irão prolongar-se “até ao final desta semana com a montagem do estaleiro necessário para a realização da obra”, explicou o presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, Alberto Mesquita (PS).
“Será um trabalho faseado e muito controlado, desconstruindo elemento a elemento, piso a piso (portas, janelas, vigas, lajes e pilares), com monitorização permanente”, apontou. Alberto Mesquita sublinhou que o objectivo é que estes trabalhos “decorram da forma o mais tranquila possível para todos quantos habitam na zona de influência desses prédios”. Alberto Mesquita ressalvou ainda que no decorrer das obras, que se estimam durarem entre 150 e 180 dias, irão existir alguns constrangimentos”, nomeadamente a nível de ruído, da existência de poeiras e também de trânsito.
Em Setembro do ano passado, a Câmara de Vila Franca de Xira adquiriu os dois imóveis, numa operação orçada em mais de um milhão de euros, tendo cada proprietário recebido 50 mil euros. Na ocasião, Alberto Mesquita afirmou que foram feitas as devidas avaliações e que “o preço foi o mais justo possível”.