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Funcionário da Câmara do Cartaxo suspeito de difamar presidente na Internet

Funcionário da Câmara do Cartaxo suspeito de difamar presidente na Internet

Dois homens identificados como autores da página ‘Cartaxo Leaks’. Presidente do município, Pedro Ribeiro, queixou-se à Polícia Judiciária.

Um funcionário da Câmara do Cartaxo e um indivíduo residente em Casais da Amendoeira, freguesia de Pontével, foram identificados como autores do ‘Cartaxo Leaks’, uma página na rede social Facebook que publicou uma conversa forjada entre o presidente da Câmara do Cartaxo e o seu chefe de gabinete, onde se dava a entender que ambos iriam receber 1.500 euros mensais da Cartágua na sequência da renegociação do contrato de concessão do abastecimento de água e saneamento com essa empresa.
A informação foi dada a O MIRANTE pelo presidente do município, Pedro Magalhães Ribeiro (PS), que optou por não entrar em mais detalhes, assegurando, no entanto, que vai levar o caso até às últimas consequências.
O presidente da Câmara do Cartaxo e o seu chefe de gabinete, Vasco Miguel Casimiro, [que cessou funções no cargo a 28 de Fevereiro deste ano] apresentaram uma queixa-crime em conjunto na Polícia Judiciária (PJ) de Lisboa contra os autores do blog ‘Cartaxo Leaks’ (entretanto removido) por difamação e esperam que sejam encontrados os autores, a quem acusam de ter forjado essa conversa com fins eleitoralistas em ano de autárquicas.
Vasco Miguel Casimiro disse, no início de Janeiro, a O MIRANTE que há quatro anos a actual equipa do PS que lidera a Câmara do Cartaxo já tinha sido alvo destes ataques mas que nenhuma delas levantou “suspeitas tão graves”. “Somos confrontados todos os dias com críticas sobre a nossa actuação e se ligássemos a todas não vivíamos para mais nada, mas esta é muito grave”, diz Vasco Casimiro, acrescentando tratar-se da primeira queixa feita por Pedro Ribeiro sobre assuntos deste género.
A página ‘Cartaxo Leaks’ nasceu a 14 de Dezembro do ano passado afirmando que tinha começado aí “a dor de cabeça para todos os que abusam do poder e se deixam corromper nesta terra de gente humilde e trabalhadora”. Nesse dia o blog publicou cinco artigos com a apresentação de vários contratos de empresas com o município do Cartaxo, apontando o dedo à gestão socialista.
No entanto, a vida do blog e da página de Facebook foi curta, não chegando a um mês. A actuação e os métodos usados pelos seus autores foram condenados com veemência nas redes sociais. Pedro Magalhães Ribeiro afirmou na altura que “na política não pode valer tudo”, acrescentando que a criação da página teve o “intuito de difamar-me e difamar pessoas da minha equipa”.

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