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Quatro horas à espera de ambulância para transferir doente da urgência de T. Novas para a de Abrantes

O caso passou-se com um senhor da Meia Via na quinta-feira. Quando acordou, entre as 5 e as 6 da manhã, sentiu-se mal e não tinha força nas pernas. Foi levado por uma ambulância à urgência do Hospital de Torres Novas e esteve lá toda a manhã. Por volta das duas da tarde foi dito a um seu familiar (que é meu amigo há vários anos e me contou a história) que o doente iria ser transferido para a urgência de Abrantes.
As horas foram passando e a ambulância não aparecia. De cada vez que o familiar perguntava diziam-lhe que estava a caminho. Três da tarde, quatro da tarde, cinco da tarde e nada. Durante o tempo de espera o meu amigo telefonou para os Bombeiros de Torres Novas para resolver o assunto da transferência entre urgências mas estes disseram que não faziam aquele serviço. Além disso, digo eu, também não poderiam ir buscar um doente que dera entrada na urgência de Torres Novas e que estava a soro e levá-lo, sem mais nem menos, para a urgência de Abrantes.
Às cinco e meia da tarde nova insistência junto da admissão de doentes e a informação que a ambulância vinha do Hospital de Tomar e estava a sair de lá. Era uma ambulância dos Bombeiros de Ponte de Sôr que chegou pouco depois das seis horas. Os bombeiros disseram ao meu amigo que só tinham sido contactados para fazer o transporte por volta das 16 horas. Para Abrantes levaram o familiar do meu amigo e uma outra senhora. O doente em causa ficou na urgência de Abrantes o resto de quinta-feira e parte de sexta-feira, tendo tido alta por insistência sua. Foi-lhe diagnosticado um Acidente Isquémico Transitório AIT/AVC.
Leio e oiço tantas coisas relacionadas com esta questão de transporte de doentes que me convenço que há aqui algo errado. Em Fevereiro de 2015 li uma notícia aqui em
O MIRANTE que me deixou espantado. Os bombeiros de Constância tinham 23 (vinte e três) ambulâncias de transporte de doentes. Fiquei com a impressão que aquilo é mais uma central de transportes. E mesmo assim, com tanta ambulância, quando é preciso uma acontecem coisas destas? Incompreensível!
Fernando de Carvalho

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