António Valdemar e os 100 anos do Portugal Futurista
António Valdemar veio a Santarém, a convite do Círculo Cultural Scalabitano, realizar uma conferência intitulada “Portugal Futurista - 100 anos depois”.
Sentado num sofá no palco do Teatro Taborda, o investigador e jornalista que publicou recentemente um livro com as várias entrevistas a Almada Negreiros, realizadas enquanto foi jornalista do Diário de Notícias e de outras publicações da época, deu uma lição de história, literatura e política.
Testemunha privilegiada da vida política e cultural portuguesa dos últimos 60 anos, António Valdemar desfez alguns mitos à volta de grandes figuras como Júlio Dantas, Joaquim Manso, José Régio, Fernando Pessoa, Mário de Sá Carneiro, Carlos Porfírio, Rafael Bordalo Pinheiro, Norberto Lopes, Rebelo Bettencourt, José Pacheko, Dario Martins, Raul Leal, António Botto, entre dezenas de outros protagonistas que estiveram na origem de revistas, livros, manifestos e polémicas que fazem a História portuguesa dos últimos cem anos.
Duas dezenas de pessoas que responderam à chamada da direcção do Círculo Cultural Scalabitano conversaram com o investigador e antigo professor do Politécnico de Santarém.
Na despedida, António Valdemar contou a história de duas figuras, também elas ligadas ao futurismo, que morreram junto a estações de comboio para onde se dirigiam com pressa, procurando assim justificar uma despedida e um adeus que não obrigasse, conferencista e ouvintes, a correrem para as suas casas por causa dos afazeres do dia seguinte.