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Misericórdia de Salvaterra com dificuldades em pagar aos funcionários

Instituição pagou mês e meio de salários em atraso na sexta-feira mas dívidas globais rondam os 300 mil euros.

A Santa Casa da Misericórdia de Salvaterra de Magos pagou na sexta-feira, 5 de Maio, os ordenados que tinha em atraso aos funcionários. A instituição tinha um mês e meio de ordenados em atraso aos 48 trabalhadores, sendo que 38 destes colaboradores pediram a suspensão de contratos de trabalho, colocando em causa o funcionamento da Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS). O actual provedor da instituição, Arlindo Cunha, conseguiu pagar os ordenados uma vez que a Segurança Social pagou cerca de 55 mil euros referentes às vagas destinadas a essa entidade nas valências da Misericórdia, correspondentes aos meses de Novembro a Abril.
No entanto, o problema da Misericórdia de Salvaterra de Magos é bem maior. Ao que O MIRANTE apurou, a instituição tem dívidas que rondam os 300 mil euros. A intenção da administração é vender um terreno que possui na zona do Mexieiro, no concelho de Salvaterra de Magos, o que lhe permitirá uma injecção de capital para poder pagar as dívidas. Além disso, continuam à procura de financiamento bancário para poderem pagar ordenados e fazer face às dívidas.
Os funcionários não gostaram de não terem sido informados que não iam receber ordenados. “Estamos sempre a fazer conta com o ordenado no final do mês porque todos temos família e contas para pagar. No mínimo, deviam-nos ter avisado que não havia dinheiro para salários. Agora já nos foi pago os salários mas isto é uma situação complicada e muito instável”, referiu uma funcionária da Misericórdia a O MIRANTE, que preferiu não se identificar.
O número de funcionários da instituição diminuiu devido ao facto de dez trabalhadores se terem demitido, o que veio ajudar a gestão da instituição que, segundo fonte da Segurança Social, tinha excesso de trabalhadores. Com menos funcionários a situação financeira fica menos complicada.
Contactado por O MIRANTE, o presidente da Câmara de Salvaterra de Magos, Hélder Esménio (PS), explicou que o município tem estado a acompanhar a situação e disponível para tudo o que possa ajudar. “Estou satisfeito pelo facto dos ordenados terem sido pagos e estamos cá para ajudar no que pudermos. A câmara municipal está a pagar cinco mil euros por ano pela utilização do antigo espaço do hospital da Santa Casa que está agora ocupado pelos militares da GNR. Fizemos o protocolo porque era o espaço apropriado para o que pretendíamos mas fizemos questão de já ter pago a renda para também ajudarmos a instituição”, referiu.
O MIRANTE tentou contactar o Provedor da Misericórdia de Salvaterra de Magos, Arlindo Cunha, para obter mais esclarecimentos sobre o assunto mas até ao fecho desta edição tal não foi possível

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