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Arquivado caso da morte de advogado em herdade de Santo Estêvão
João Álvaro Dias

Arquivado caso da morte de advogado em herdade de Santo Estêvão

Ministério Público conclui que não existiram circunstâncias suspeitas

O Ministério Público concluiu a investigação à morte do advogado João Álvaro Dias num terreno de que era proprietário na Herdade Mata do Duque II, em Santo Estêvão, concelho de Benavente, concluindo não ter existido indícios de crime. O inquérito ao caso, que remonta ao dia de Natal do ano passado, foi assim arquivado pela Secção de Benavente do Departamento de Acção e Investigação Penal de Santarém, que coordenou a investigação, informa a Procuradoria da Comarca de Santarém.
A procuradoria revela que, “findas as investigações, concluiu-se que o acidente do qual resultou a morte não teve a intervenção de terceiros nem esteve envolto em circunstâncias suspeitas”. O Ministério Público explica que de acordo com os elementos recolhidos durante a investigação, “a morte do advogado resultou de atropelamento e esmagamento pela própria viatura, o que veio a ser confirmado pelo relatório de autópsia médico-legal efectuado”, sublinhando que as lesões que o corpo apresentava são compatíveis com “um atropelamento seguido de esmagamento, com a vítima já no chão”.
O MIRANTE noticiou na altura que a viatura estava estacionada num terreno inclinado e começou a descair, tendo apanhado o advogado. A situação ocorreu cerca das 13h00. Na altura João Álvaro Dias, de 56 anos, natural de Coimbra, tentou imobilizar a viatura, um Rolls-Royce de 1972, mas acabou por ficar entalado entre a porta do carro e uma árvore. Ao cair ao chão a roda da frente do carro passou-lhe por cima do corpo.
João Álvaro Dias tinha sido condenado, um mês antes do acidente, a cinco anos e meio de prisão por crime de burla e falsificação de sentenças. O advogado tinha criado um tribunal arbitral em Lisboa, onde falsificava sentenças de tribunal de forma a beneficiar clientes que fugiam a credores. Em 2007, João Álvaro Dias foi condenado a um ano de prisão por beneficiar as notas de alunos da Universidade de Coimbra, onde leccionava na Faculdade de Direito. No entanto acabou por ser amnistiado. Na altura em que morreu presidia a uma firma de advogados em Lisboa com mais três sócios.

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