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Ressuscitado projecto para Unidade de Cuidados Continuados do Forte da Casa

Município confirma entrada de novo projecto do Instituto de Apoio à Comunidade

A construção de uma Unidade de Cuidados Continuados (UCC) no Forte da Casa, por parte do Instituto de Apoio à Comunidade (IAC) não está totalmente afastada e aquela entidade já apresentou nos serviços de urbanismo da Câmara de Vila Franca de Xira um novo projecto para ressuscitar a obra. A informação foi avançada pelo presidente do município, Alberto Mesquita (PS), em reunião pública de câmara realizada precisamente nessa vila do concelho.
“Neste momento entrou um novo projecto na câmara, no departamento de urbanismo, que de algum modo recupera o projecto inicial, ou seja, uma residência sénior de 60 camas, jardim-de-infância e concentração da confecção de alimentação que hoje está em vários locais. Isso iria permitir que haja uma mais-valia”, informou o autarca. O município diz-se “disponível para analisar e encontrar caminhos” para que a renovada ambição do IAC em construir a UCC seja uma realidade.
A perspectiva de construção de uma UCC no Forte da Casa por parte do IAC, num terreno situado junto à igreja que foi cedido pela câmara, já não é nova. Era um sonho do anterior presidente e fundador do IAC, António José Inácio e visava, além de dar uma resposta inovadora no apoio aos idosos, potenciar o crescimento económico e a empregabilidade no concelho. Devido a um conjunto de problemas financeiros, potenciados pela crise bancária de 2008, a obra acabou por não avançar e há cerca de um ano chegou mesmo a especular-se que a câmara iria reverter o terreno para a sua posse, o que não chegou a acontecer.
“Não resgatámos o terreno porque sempre acreditámos que o IAC ia conseguir encontrar soluções para resolver esta matéria. Foram feitos investimentos em terraplanagens e outras pequenas obras naquele local que eventualmente podem e devem ser aproveitados. Esta intenção do IAC deve ser apoiada pela câmara e permitir que a breve trecho o IAC tenha melhores condições e construa através dos critérios do projecto inicial e é por aí que conseguiremos resolver esta situação”, explica o autarca.
Há cerca de uma década que o terreno é um baldio sem condições de salubridade situado numa zona nobre do Forte da Casa e os moradores têm-se queixado de problemas que afectam a saúde pública, como a proliferação de roedores. O presidente da câmara avisa, no entanto, que esta nova intenção de obra por parte do IAC “não pode escorregar no tempo” como a anterior e por isso, por agora, irá ser dado “o benefício da dúvida” à colectividade.

Oposição céptica e crítica
O assunto foi abordado depois de Nuno Libório, da CDU, ter questionado o executivo socialista sobre o destino daquele equipamento. “Passados estes anos todos constatou-se que este empreendimento não teve qualquer desenvolvimento. A questão de fundo não é o resgate do terreno em relação ao direito de superfície. Deve haver uma conversa institucional com o IAC no sentido de perceber se com este ou com outro projecto a instituição dispõe de condições, vontade e capacidade para levar a efeito essa obra de utilidade pública”, notou.
Já Rui Rei, da Coligação Novo Rumo, liderada pelo PSD, foi mais duro e condenou as decisões “catastróficas”, “criminosas” e irresponsáveis” da anterior gestão do IAC. “O que aconteceu na anterior gestão do IAC foi criminoso, alguns deviam estar na cadeia, não deviam estar a brincar. Deixaram o IAC à beira da morte. Antes da câmara aceitar o projecto deviam trazê-lo aqui primeiro para ser discutido”, defendeu.

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