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Todos os caminhos vão dar a Fátima e toda a ajuda é bem vinda

Todos os caminhos vão dar a Fátima e toda a ajuda é bem vinda

Milhares de peregrinos atravessam terras ribatejanas por estes dias e abençoam o apoio dos muitos voluntários que se encontram ao serviço de diversas entidades. Na zona de Azambuja, a Cruz Vermelha de Aveiras de Cima ajuda a atenuar o sacrifício a quem ruma à Cova da Iria para celebrar o centenário das aparições.

Por estes dias todos os caminhos de Portugal vão dar a Fátima e o Ribatejo é ponto de passagem para muitos dos peregrinos que se deslocam de sul e da Área Metropolitana de Lisboa. No concelho de Azambuja, à beira da movimentada Estrada Nacional (EN) 3 perto de Virtudes, Maria da Luz Fava, Margarida Amendoeira e Etelvina Marques não têm mãos a medir na manhã de terça-feira, 9 de Maio, distribuindo comida, água, lenços brancos e conselhos de saúde aos caminhantes que passam pelo seu posto.
As três são voluntárias da Cruz Vermelha de Aveiras de Cima, tal como várias outras pessoas que ali prestam apoio aos peregrinos. Ao longo dos dois dias em que já ali estão assistiram grupos de Tires, Sacavém, Cascais, Sesimbra, Santa Iria e Azeitão e nos próximos dias esperam receber muitos mais. “A maioria quando chega queixa-se de dores e bolhas nos pés e cansaço nas pernas. Ontem fiz uma massagem a uma senhora que no fim até me dava abraços e beijos de tão aliviada que ficou!”, conta Maria da Luz.
António Sousa, comandante da Cruz Vermelha de Aveiras de Cima, recorda que o caso mais complicado que surgiu este ano foi no domingo, 7 de Maio, no posto de Vila Nova da Rainha, onde uma peregrina teve de ser transportada para o hospital. “Estava com uma crise de hipertensão. Não sabemos qual é a causa destes sintomas, a senhora não tinha nenhuma doença, segundo a informação que nos foi facultada, apesar de à crise hipertensiva estar associada uma crise de ansiedade muito forte que a senhora tinha”, disse.

Cantar para espantar o cansaço
Não há idade para a peregrinação e os grupos que passam pelo posto são muito diferentes. “Normalmente os grupos grandes não param para ir à tenda médica, só querem levar a comida e seguir viagem”, explica Margarida. “Quando vêm só duas ou três pessoas já optam por parar”.
E quanto àqueles que recusam vestir o colete reflector quando os técnicos presentes no local o indicam, as três voluntárias não hesitam em chamá-los à atenção. “Deviam usar os coletes mas alguns não os vestem, dizem que não é preciso. Mas nós aqui dizemos-lhes sempre que os vimos sem eles para os vestirem”.
“Cantar é uma alegria. Ajuda-nos a continuar. Ou cantamos ou rezamos o terço cantado, é a expressão máxima da nossa alegria ao fazer o caminho para casa da ‘Mãe’”, explica Paula Gabriel. Ela e o marido, Fernando, estão há três dias a caminho de Fátima, vindos do Estoril, nesta que já é a nona peregrinação que fazem. “Desta vez estamos com um grupo de 300 pessoas mas está tudo controlado, temos uma organização maravilhosa e é uma graça estarmos no caminho com todos estes irmãos”. O grupo do Estoril já faz esta peregrinação há 40 anos e Fernando, que os acompanha há 16, concorda que a cantar a viagem se faz melhor: “Não somos cristãos cinzentos, somos cristãos com a alegria de Cristo no coração e expressamo-la desta forma”.
O grupo do Estoril foi um dos muitos que passou pelo posto especial na Estrada Nacional 3 onde a Cruz Vermelha e as Farmácias Holon se uniram para darem assistência aos peregrinos que passam por Aveiras de Cima, Casais da Lagoa e Virtudes.

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