Cristina Carvalho
Empresária, True Company - roupa feminina, Santarém
Costuma dar boleia a estranhos? Dar boleia faz-me lembrar a minha juventude. Na altura, com amigos, cheguei a apanhar boleia de estranhos. Na altura, as coisas eram muito diferentes do que são hoje. Não dou boleia a estranhos porque, com tantos assaltos e até assassinatos, é melhor não arriscar.
Que político convidava para almoçar? Gostava de convidar para almoçar o cidadão Marcelo Rebelo de Sousa. Quem não gosta de afectos? (risos)
Que opinião tem da vida nocturna de Santarém? A vida nocturna em Santarém não oferece muitas opções mas ainda assim é possível sairmos e divertirmo-nos. Só é pena termos que assistir a focos de vandalismo e destruição de património público e privado.
O que faz falta na cidade? Fazer o itinerário do gótico, museus abertos, mudança de certas mentalidades (risos), erguer o centro histórico.
Para que país não viajava mesmo que lhe pagassem tudo? Para o Brasil. Não tenho nada contra os brasileiros mas, na minha opinião, acho que grande parte do Brasil continua nas garras de violência generalizada e de gangues.
A que petisco não resiste? Em especial ao marisco. Adoro uma boa esplanada, um excelente marisco acompanhado por uma boa cerveja.
Alguma vez pensou em emigrar? Nunca pensei nem penso emigrar mas acho que a emigração é uma realidade incontornável para muitas famílias portuguesas.
Qual o piropo mais original que já lhe disseram? Original, não me lembro de nenhum. Agora também há a penalização e o piropo caiu em desuso.
Como reagiria se um desconhecido lhe oferecesse flores? Aceitava (risos) - “Se um desconhecido te oferecer flores... isso é impulse!” - adoro flores. Têm sempre um lado romântico.
As redes sociais afastam-nos ou aproximam-nos dos outros? As redes sociais aproximam-nos, no sentido de nos ligarem a pessoas que estão aparentemente distantes, mas afastam-nos do mundo real. Tudo depende da maneira como são usadas.
Se pudesse para onde viajaria amanhã? Para o Egipto, sem dúvida nenhuma. É um país com uma alta concentração de História por metro quadrado. Tem um encanto que nos transcende.
As mulheres hoje dão mais atenção ao trabalho do que à família? Os conflitos entre trabalho e família estão sempre presentes na decisão das mulheres ingressarem e permanecerem no mercado de trabalho. Romper paradigmas é mais uma das coisas que a mulher de hoje deve dar conta ...
Já pediu o livro de reclamações em algum estabelecimento? Nunca pedi o livro de reclamações. Há muitos locais que têm os livros cheios de reclamações e por norma nada acontece. O meu marido já o pediu algumas vezes e os resultados foram iguais a zero.
Os homens ainda se querem feios e maus? Só se tivéssemos tendências masoquistas (risos). Hoje os homens passam mais tempo a cuidar da imagem, há mais vaidade masculina. Prefiro um verdadeiro “Mr. Gentleman”.
Ainda há dinheiro para comer fora? A crise levou algumas famílias a cortar a fundo nas despesas e uma das primeiras ‘vítimas’ foram as refeições fora de casa mas, de um modo geral, as pessoas gostam de comer fora, pelo menos uma vez por mês.
A justiça é igual para todos? Como pode ser igual para todos quando o direito à Justiça continua a ser negado aos cidadãos de menores recursos?
Alguma vez frequentou uma praia de nudismo? Nunca frequentei e não o tenciono fazer. Não me sentiria à vontade.
O que tem que fazer um homem para ser um verdadeiro homem? Um verdadeiro homem não é aquele que conquista várias mulheres todos os dias mas aquele que conquista a mesma mulher todos os dias.
Alguma vez escreveu um poema? Sim, em cada poema há outro poema e quase todas as meninas apaixonadas escreveram um poema na sua juventude.
Lembra-se da última vez que usou a bicicleta como meio de transporte? Nunca usei a bicicleta como meio de transporte e já não ando de bicicleta desde os sete anos.
Sente-se livre? Mais que tudo, liberdade é ter escolha. É podermos seguir os nossos princípios e sairmos da zona de conforto. Como podemos dizer que somos livres se as nossas acções estão condicionadas por padrões inconscientes?
Já se sente à vontade a escrever com o novo Acordo Ortográfico? Odeio o acordo ortográfico.