Isto é uma autêntica novela e tem a particularidade de cheirar mal. Que o presidente da Câmara Municipal de Ourém, o socialista Paulo Fonseca, ficou insolvente e continua insolvente não restam dúvidas e não vale a pena andarem a tentar tapar o sol com uma peneira, nem ele, nem o deputado e presidente da Federação distrital do PS, o tal advogado António Gameiro que foi condenado aqui há tempos a devolver uns milhares de euros a uma cliente.
Que a lei é clara sobre a perda de mandato de eleitos que estejam insolventes e a impossibilidade de qualquer cidadão insolvente se candidatar a um cargo autárquico, também é claro.
Que o presidente da Câmara de Ourém que se recandidata este ano, tem preferido uma fuga para a frente em vez de assumir a verdade e ser transparente, também é verdade e não abona nada a seu favor.
Resta agora saber se o tribunal vai aceitar a sua candidatura quando a mesma for entregue e porquê.
Seja como for os apaniguados do senhor que insultam jornalistas por noticiarem o caso, argumentando que a insolvência é um assunto que só diz respeito ao próprio deviam estar calados porque se a lei diz o que diz e se eles não ligam às leis é porque não aceitam as regras democráticas.
Mário Cândido T. Flores