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Novas tecnologias a caminho para revolucionar cultura do tomate

Novas tecnologias a caminho para revolucionar cultura do tomate

Sistema inovador apresentado na Herdade do Caldas em Vila Franca de Xira onde está a ser testado

Há sistema inovador que alia sondas e amostras de solo, drones e satélites para prever a melhor época da colheita do tomate, a quantidade que se vai colher e as variações de componentes de água e azoto que são necessários para obter o melhor produto. O sistema foi apresentado na sexta-feira, 25 de Agosto, na Herdade do Caldas, em Vila Franca de Xira, onde foi já testado.
A inovação chama-se NEC CROPSCOPE e surge de uma parceria entre a NEC, empresa da área das tecnologias da informação e comunicação, e a Kagome, gigante japonesa da produção do tomate e outros hortícolas. O novo sistema pode ser usado através de uma aplicação no telemóvel. Na Herdade do Caldas o sistema está a ser testado em 13 hectares,para se obter uma maior quantidade de produção com menos custos e com menos desperdícios de recursos naturais.
João Geada, da Herdade das Caldas, mostrou-se satisfeito por ter sido escolhido como parceiro deste sistema. “Ao confiarem em mim para esta iniciativa, isso é um reconhecimento do meu trabalho”, referiu. “Estas tecnologias têm de ser uma mais-valia para o conhecimento que os produtores já têm mas se não meter as mãos na terra, para perceber a cada dia o que a planta precisa, não chega. O melhor adubo é as botas do dono da terra”, sublinhou.
Filipe Borba, presidente da associação de produtores Torriba, chamou a atenção para “se pensar em euros em vez de toneladas por hectare porque temos de produzir um produto que tenha os parâmetros ideais. A preocupação é realmente fazer um controle da fertilização e da rega, ao encontro aos objectivos finais que melhor servirem o industrial e o produtor”.
A Torriba representa hoje 130 produtores de 13 municípios do Ribatejo e tem uma facturação superior a 30 milhões de euros, sendo responsável por 15% da produção de tomate em Portugal. Filipe Borga conhece produções de tomate na Califórnia, Chile, Itália e Espanha e afirma sem dúvida que “não há melhor tomate que o nosso”: “Há uma grande história do português produtor de tomate, devido à nossa localização privilegiada no mundo, às características fantásticas do nosso solo e à nossa proximidade ao Atlântico”. Filipe Borba destaca que “hoje os agricultores têm de ser gestores e não se pode fazer por fazer: tem de se fazer bem”.
O secretário de Estado da Agricultura e Alimentação, Luís Medeiros Vieira, destacou o facto de o tomate ser “um subsector da nossa agricultura que sempre evoluiu e se modernizou, porque temos agricultores profissionais, boas organizações de produtores e um sector industrial que se soube restruturar e inovar”.

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