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Novas esquadras da PSP em Vila Franca de Xira somam problemas

Novas esquadras da PSP em Vila Franca de Xira somam problemas

Sindicato denuncia o que considera serem “condições vergonhosas”. Tectos negros devido à humidade, portas que não fecham, torneiras que não funcionam e chão limpo com sabonete porque a lixívia remove a tinta dos azulejos são alguns dos problemas identificados na esquadra inaugurada em Março na sede de concelho. Mas também há relatos de problemas na esquadra da Póvoa.

A nova esquadra da Polícia de Segurança Pública (PSP) de Vila Franca de Xira, inaugurada em Março deste ano, já apresenta problemas dignos de casas velhas e que carecem de resolução urgente.
O alerta foi deixado no final de Agosto pelo Sindicato dos Profissionais de Polícia, que fala numa “situação vergonhosa” e revela que os tectos do edifício estão negros devido à humidade, as torneiras não funcionam e não há material para a empregada da limpeza poder trabalhar. Diz ainda o sindicato que o chão é limpo com sabonete de lavar as mãos “porque se for usada lixívia a tinta com que pintaram o chão de cimento desaparece”. Há também relatos de um urinol que continua avariado e de várias portas que não fecham correctamente, incluindo a dos chefes.
A direcção nacional da PSP já terá informado a Câmara de Vila Franca de Xira que está a acompanhar o assunto e irá tomar medidas para exigir do construtor a reparação dos problemas identificados. Ainda assim, o presidente do município, Alberto Mesquita (PS), mostra-se “muito preocupado” com a situação mas admite que se trata de um problema que ultrapassa a câmara e as suas competências.
“Soubemos da situação e já fizemos alguns contactos informais para perceber o que se passa. Estamos preocupados mas não podemos simplesmente entrar pela esquadra dentro e ver o que se passa, terá de ser a PSP e sei que a direcção nacional daquela polícia está a acompanhar o assunto e irá realizar a intervenção que achar oportuna”, explica o autarca.
A nova esquadra da PSP de Vila Franca de Xira, que foi inaugurada a 2 de Março com a presença da ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, e do primeiro-ministro, António Costa, resulta de uma parceria promovida com o município, em que a câmara avançou com o dinheiro das obras - 464 mil euros - e foi depois ressarcida desse investimento.
O edifício, recorde-se, não foi construído de raiz. Era o antigo posto da GNR da cidade que foi adaptado e convertido em esquadra. Foi o culminar de uma ambição com duas décadas, já que os polícias estavam noutra esquadra sem o mínimo de condições.

Queixas também na Póvoa de Santa Iria
Inaugurada há seis anos, a esquadra da PSP da Póvoa de Santa Iria tem também um vasto leque de problemas identificados por quem ali presta serviço. Como torneiras avariadas, estores e janelas que não abrem, falta de água quente para os duches e material de escritório danificado e sem reposição à vista. A limpeza é também muito escassa e são por vezes os agentes a limpar o seu próprio local de trabalho.
Também nessa esquadra a associação sindical dos profissionais de polícia por várias vezes tem considerado a situação “para lá do razoável”. Apesar das queixas os problemas vão sendo resolvidos a conta-gotas e somente por graus de necessidade. O último grande problema a ficar resolvido foi a avaria de uma fotocopiadora, que obrigava os agentes a ir ao centro da cidade sempre que precisavam de copiar um documento.

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