O treinador da equipa sénior de futebol do Ouriense, Mário Nelson, foi acusado de ter agredido à cabeçada um futebolista do Mação, no dia 5 de Outubro, em jogo entre as duas equipas para a Taça do Ribatejo, mas o técnico, contactado por O MIRANTE, nega qualquer agressão. “É tudo completamente falso. Até as declarações do nosso presidente foram deturpadas”, diz Mário Nelson a O MIRANTE. O técnico não quis prestar mais declarações, acrescentando que o clube é que vai reagir. “Não posso reagir a algo que não fiz”, afirma.
Em comunicado publicado na página oficial do Mação na rede social Facebook, o clube escreveu que “Bruno Lemos foi agredido à cabeçada pelo treinador do Ouriense, Mário Nelson, sem que nada o fizesse prever, quando se dirigia ao balneário após o aquecimento inicial para o jogo”, em situação que, afirmam, é “inadmissível no desporto, desprezível para quem vive o futebol distrital”.
“Consideramos que esta lamentável actuação por parte do treinador do Ouriense, Mário Nelson, é uma falta de respeito para com a nossa instituição, para com os nossos jogadores, mas principalmente para com o clube que representa, para com a sua direcção e para com os seus jogadores”, prossegue o clube maçaense, acrescentando esperar por parte do técnico, “no mínimo, um pedido de desculpas”.
Quem acabou por pedir desculpas foi o presidente do Ouriense, José Luís Ferreira, quando emitiu um primeiro comunicado onde disse “lamentar a situação, que se passou dentro das instalações do clube”, assegurando “não saber o que motivou” a alegada agressão, nem a ter presenciado. E afirmou ter apresentado “de imediato um pedido de desculpas ao presidente” do clube de Mação.
Num segundo comunicado, o Clube Atlético Ouriense acabaria por “repudiar todo o ruído que tem sido feito após um suposto caso, ocorrido no nosso campo de jogos”. E explicou a mudança de registo: “Na verdade, o presidente não presenciou o aludido incidente e limitou-se, acreditando na bondade das palavras do seu homólogo de Mação, a pedir desculpa na eventualidade de corresponder à verdade o que lhe fora contado. Como se depreende, esta atitude não tem nada a ver com uma assumpção de culpa, tanto mais que não há evidências da ocorrência de qualquer acto anormal”, lê-se.
A direcção do clube assegura que vai apurar o que realmente aconteceu para poder formar uma opinião abalizada sobre o sucedido. Até lá demonstra a sua “incondicional solidariedade para com o treinador Mário Nelson”.
O MIRANTE sabe que a equipa de arbitragem não reportou qualquer situação anómala e a PSP de Ourém também não foi chamada para identificar ninguém. A Associação de Futebol de Santarém vai abrir um inquérito para apurar o que se passou, dadas as proporções que o caso tomou.